BMW equipa novos modelos com quatro "supercérebros" digitais

O BMW Group introduziu um novo sistema nervoso digital para todas as variantes de transmissão e segmentos de veículos, que será lançado com os modelos da Neue Klasse.

Este sistema é baseado em quatro computadores de alto desempenho, chamados "Superbrains", responsáveis por funções como infoentretenimento, direção automatizada, dinâmica de condução e controle de conforto.

Esses computadores oferecem mais de 20 vezes o poder de processamento em comparação com os modelos atuais e já estão preparados para futuras atualizações de software e tecnologias de inteligência artificial.

A arquitetura eletrônica do novo sistema inclui um chicote elétrico simplificado e zonal, reduzindo em 600 metros a fiação e economizando 30% no peso. Ele é dividido em quatro zonas – extremidade dianteira, central, traseira e teto – e os "Superbrains" estão conectados a controladores zonais, responsáveis pela gestão e consolidação dos dados em cada área.

Os fusíveis tradicionais foram substituídos por "Smart eFuses", fusíveis digitais programáveis que otimizam a distribuição de energia, contribuindo para uma melhoria de 20% na eficiência energética.

A nova arquitetura eletrônica é a base para a próxima geração de veículos definidos por software (SDVs) do BMW Group. O primeiro modelo derivado da Neue Klasse, totalmente elétrico, começará a ser produzido em série em 2025 na fábrica de Debrecen, na Hungria.

A estrutura de software foi projetada para permitir o desenvolvimento contínuo em plataformas estáveis, facilitando atualizações over-the-air e garantindo cibersegurança avançada. Uma camada de serviços compartilhados ("Shared Service Layer") conecta os sistemas e viabiliza o uso de inteligência artificial em funções do veículo.

O desenvolvimento do sistema é viabilizado pelo ambiente de desenvolvimento integrado "CodeCraft", que opera em até 75.000 CPUs virtuais, permitindo o trabalho simultâneo de mais de 10.000 desenvolvedores e processando cerca de 200.000 compilações diárias em momentos de pico. Esse processo representa um aumento de produtividade de 130 vezes em relação a uma década atrás.