A Stellantis anunciou a suspensão temporária das operações na fábrica de montagem de Brampton, no Canadá, enquanto revisa a estratégia para a próxima geração do Jeep Compass, que deverá ser produzido na unidade. A montadora não especificou a duração da paralisação nem confirmou se haverá demissões temporárias.
A decisão sobre o futuro do modelo deve ser tomada em março, segundo uma fonte próxima ao assunto. Inicialmente, a produção do Compass na América do Norte estava programada para começar em fevereiro de 2026, mas a empresa avalia um possível atraso de oito meses a um ano.
A paralisação ocorre em meio a ajustes no portfólio da Stellantis, após a saída do CEO Carlos Tavares, em dezembro. Em comunicado, a empresa afirmou que a reavaliação visa garantir uma linha de veículos com opções flexíveis de trem de força para melhor atender às demandas do mercado.
O sindicato Unifor, que representa cerca de 3.000 trabalhadores horistas na fábrica, classificou a decisão como uma questão de grave preocupação. A presidente da entidade, Lana Payne, associou a medida à ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre veículos importados, além das incertezas em relação às regulamentações de veículos elétricos no país.



A fábrica de Brampton está passando por uma reformulação para produzir veículos elétricos e a combustão da marca Jeep. A unidade deveria iniciar a produção dos modelos piloto do Compass em janeiro de 2024, mas essa fase foi postergada para maio. A expectativa do sindicato é que a fábrica retorne à capacidade máxima após a reestruturação, operando em três turnos.
O governo federal e o governo de Ontário estão apoiando financeiramente a reformulação da unidade. O Ministro da Indústria do Canadá, François-Philippe Champagne, afirmou que manterá a Stellantis responsável pelo cumprimento dos compromissos assumidos em Brampton.
A empresa planeja lançar o Compass elétrico na Europa primeiro, com produção em Melfi, Itália, a partir de 2025, antes de expandir a fabricação para a América do Norte e outros mercados em 2026. No entanto, fontes indicam que a montadora ainda avalia se a versão elétrica a bateria do modelo faz sentido para o mercado norte-americano.
Fonte: [Auto News]

1 Comentários

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  1. País com baixa densidade demográfica o que dificulta as vendas internas, mão de obra cara, país predominantemente frio (o que desfavorece a frota eletrificada) e agora ainda sujeita a sanções tarifárias dos EUA torna a decisão da Stellantis mais que acertada.

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