O mercado automobilístico brasileiro enfrenta desafios significativos quando o tema é a importação de veículos. Em entrevista ao canal A Roda, o presidente do Grupo Kia Motors no Brasil, José Luiz Gandini, compartilhou sua experiência sobre os impactos de mudanças abruptas nas regras e como isso afeta o planejamento das montadoras e importadoras no país.
Um dos principais pontos abordados foi o Inovar-Auto, programa implementado durante o governo Dilma Rousseff, que aumentou o IPI de carros importados em até 30 pontos percentuais. Gandini destacou o impacto dessa medida: "O carro que pagava 25% de IPI passou a pagar 55%, e o que pagava 15% passou a pagar 45%. Um absurdo. [...] Esse é o grande problema do Brasil: se mexe nas regras depois de colocadas."
Para minimizar os danos, uma solução intermediária foi proposta – a criação de cotas para importação com isenção do adicional de IPI. No entanto, a cota destinada à Kia foi drasticamente limitada a 4.800 unidades anuais, menos de 10% da capacidade de mercado da marca no Brasil à época. Essa restrição impactou severamente as operações da montadora, que antes vendia até 80.000 carros por ano no país.
Outro ponto crítico levantado por Gandini é a incerteza cambial e a complexidade de planejar importações diante de prazos longos e flutuações do dólar. Ele explicou: “Faço o pedido em janeiro para um carro que será produzido em março, embarcado em abril e vendido em junho. Nesse intervalo, o preço do dólar pode mudar completamente, e o mercado também. Esse é o maior problema do nosso negócio: se eu errar no planejamento, eu caio fora.”
O cenário também se complica com a pressão de sindicatos, que criticam a importação de veículos sob a alegação de “exportar empregos”, e com a influência de lobbies para proteger a indústria nacional. No entanto, mudanças constantes nas regras, como a antecipação do aumento de impostos, dificultam ainda mais o planejamento das empresas.
A entrevista de Gandini reforça que a previsibilidade é essencial para a sustentabilidade do setor. A falta de estabilidade nas regras pode comprometer não apenas o desempenho das empresas, mas também a competitividade do mercado brasileiro frente ao cenário global.
Vídeo: Você na Roda #76 - José Luiz Gandini (KIA BRASIL)
Host: João Anacleto (@janacletos)
Ainda assim, KIA continua surrando a JacAudi no Brasil.
ResponderExcluirDesde quando é concorrente?
ExcluirVerdade CACAZETE D4, Jacaudi concorre com GM, FIAT e a propria JABIRACAWAGEN, sendo a JABIRACAWAGEN a concorrente mais proxima, devido ao acabamento TOSCO da JABIRACAWAGEN e JACAUDI!!
ExcluirA Kia vem no Brasil lança esses carros "híbridos leves" como esse SUV ai Stonic de 150k, o povo compra achando que vai economizar um monte, e descobre que não não economiza nada. Ai vende e compra um T-Cross. Concessionárias da VW abarrotadas de Stonic dado como entrada em T-Cross e Nivus.
ResponderExcluirCACAZETE D4 vc esta andando muto com a Menina da KOMBI, pq é cada asneira que vc anda postando
ExcluirCACAZETE D4 a venda da Fabrica da JACAUDI em Bruxelas nada de informação por aqui, o acirdo da JABIRACAWAGEN oara demitir mais de 40k apenas na Alemanha, tambem nada de informação.
Sabemos que vc é muito Imparcial!!
Trocar Kia por Jacaudi ou JABIRACAWAGEN é a mesma coisa que trocar uma Sportage por uma Goleta 2000.
Sandice apenas mais 1 caso de Sandice!
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