A nova Chevrolet Montana teve seu lançamento em março, mas antes do lançamento já havíamos testado essa picape em sua variante mais equipada, a Premier, com motor 1.2 Turbo de 130 cv.
Agora, testamos um exemplar Premier, com acessórios como estribo lateral e capota marítima, fornecido pela GM Brasil para uma avaliação de uma semana em Brasília. O preço sugerido da versão Premier, sem acessórios, é de R$ 140.490 (março de 2023).
Pegamos a picape no SIA-DF, e já saímos em um asfalto de boa qualidade, e as sensações que tivemos no primeiro teste, no Paraná, se repetem no Planalto Central: você esquece que está dirigindo uma picape, graças ao comportamento suave e típico de um SUV, resultado do ajuste de suspensão que é o novo referencial entre concorrentes (Oroch e Toro).
Essa característica da Nova Montana é credidata à nova suspensão traseira - e que conta com um sistema especial baseado em duplo batente de rigidez variável, que para eliminar o ressalto típico desses veículos, principalmente quando estão descarregados.
O comportamento da suspensão da Montana privilegia o conforto, mas mantém um bom compromisso com a estabilidade. O funcionamento da suspensão também é silencioso, e ela opera muito também em um off-road leve - como mostramos no vídeo que ilustra este artigo (veja aqui).
Compartilhando plataforma com o SUV Tracker, a Montana não é apenas um Tracker com caçamba. Esta picape não é uma mera adptação - é um produto diferenciado inclusive em termos de design.
A Montana adota a nova linguagem de estilo da GM em âmbito mundial, com uma dianteira com a a ótica principal dividida - e em LED para esta versão Premier, com a parte superior com luzes diurnas.
Na visão lateral, a Montana tem portas exclusivas, e nem os retrovisores são iguais aos do Tracker. As rodas de liga leve tem design exclusivo, e são montados em pneus Michelin Primacy 4 no tamanho 215/55 R17.
Na parte traseira, a Montana tem identidade própria, porém com alguma influência da Silverado. A porta traseira vem com botão de abertura elétrica, e sistema de alívio de peso, além de um sistema de vedação que praticamente elimina infiltração de água na caçamba.
A caçamba conta ainda com cobertura e telas marítima (acionamento elétrico da capota é um assessório colocado em concessionária). Em termos de conectividade, a Montana conta com USB-A e USB-C.
A caçamba se destaca ainda por dispor de múltiplos ganhos, dupla iluminação e tomada de 12V.
A Montana chega para enfrentar a Toro, embora seja menor que a picape da Fiat, Renault Oroch e, em menor escala, do Fiat Strada Cabine Dupla.
Em termos dimensionais, a Montana mede 4.717 mm de comprimento, 1.798 mm de largura e 1.659 mm de altura. A distância entre eixos é de 2.800 milímetros.
Pelas dimensões, está em posicionamento intermediário entre Strada e Toro, situando-se no mesmo patamar dimensional da Oroch.
Em comparação com a Tracker da qual compartilha a plataforma, esta picape é 43,7 cm mais longa, 7 mm mais larga, 3,3 cm mais alta e sua distância entre eixos é nada menos que 23 cm mais longa.
Interior
O interior da Nova Montana tem algumas similaridades com o Tracker. Volante, instrumentos, console central e seletores de marchas são os mesmos. Há, porém, diferença na integração da multimídia ao painel, na picape com um aplique que dá continuidade à linha dos instrumentos.
A posição de dirigir é semelhante ao do Tracker, mas a picape tem uma posição de dirigir mais elevada, e adota um banco muito confortável e com bastante apoio lateral. O volante tem ajuste de profundidade m altura. A posição de dirigir é muito boa em relação não apenar em relação à Tracker, mas também a vários rivais. Nem Strada nem Oroch têm uma posição de dirigir tão bem projetada.
O cluster de instrumentos é basicamente o do Tracker, com dois mostradores analógicos (conta-giros e velocímetro) e um display digital TFT monocromático de 3,5 polegadas, com informações advindas do computador de bordo. Há um indicador de nível de vida do óleo ou nível de pressão do pneu - podendo ser calibrado com mais ou menos peso.
Neste espaço também estão o medidor de temperatura do líquido de arrefecimento, e a quantidade de combustível, com um grafismo que traz uma leitura precisa e direta.
Em termos de materiais, observa-se o mesmo que se observa em outros modelos dessa plataforma, com plásticos rígidos, mas a Montana Premier conta com um revestimento no painel que imita couro com costura, que, apesar de ser uma imitação, confere um aspecto de mais requinte ao interior - reforçando a sensação de estar a bordo de um SUV.
Comparativamente ao acamento de Strada e Oroch, a Nova Montana está em um patamar superior - no mesmo nível da Toro.
O sistema de informação e entretenimento está no centro do painel e é o MyLink 3 com uma tela sensível ao toque de oito polegadas com AM/FM/1 USB-A/1 USB-C/Bluetooth/Bluetooth/Android Auto (sem fio)/Apple CarPlay (sem fio) e streaming de áudio. Esse sistema conta ainda com o sistema de telemática da GM OnStar de série, com recursos como atendimento emergencial, com Central de Atendimento OnStar integrada 24 horas por dia, 7 dias por semana.
A conectividade 4G LTE Wi-Fi é fornecida pela Claro (3GB ou três meses de navegação grátis e pacotes pagos de 2GB, 5GB, 10GB ou 20GB por mês), também faz parte do pacote a compatibilidade com o aplicativo MyChevrolet, por meio do qual é possível ligar/desligar o motor, abrir/fechar o veículo ou ativar as luzes e a buzina remotamente.
Quanto à habitabilidade, no compartimento posterior da cabine, há maior adequação para dois adultos, e uma criança posicionada no centro.
Em largura e altura as proporções são adequadas, sobretudo em função do assoalho que é marginalmente mais baixo o do Tracker e evita que os joelhos fiquem acima da cintura. O ângulo de inclinação do encosto é menos vertical que concorrentes, o que contribui para o conforto dos passageiros, sobretudo em viagens longas.
Em termos de conforto para os passageiros traseiros, a Montana traz duas portas USB (ambas do tipo A), uma tomada de 12V. Registra-se a ausência de saídas de ar-condicionado para o compartimento posterior - que também não está presente em nenhuma das concorrentes.
O modelo que avaliamos não contava com a caçamba Multi-Flex, mas dispunha do acessório da capota marítima elétrica. Consideramos que, sem o sistema Multiflex, a caçamba de generosos 874 litros perde funcionalidade, visto que não pode ser usada como porta-malas.
Se tivéssemos que optar entre os dois, ficaríamos com o Multiflex, pois, segundo pesquisa da própria General Motors, 86% do uso da caçamba dessas picapes é utilizada para transportar compras de supermercado, sendo que os 14% restantes é focalizado em itens de trabalho ou lazer (bicicletas, por exemplo).
Em relação à estanqueidade prometida pela GM, em dias de chuva em Brasília, de fato, não passou uma gota de água. Esse resultado é impressionante e sem dúvida será um dos pontos fortes de Montana no segmento.
A caçamba conta ainda com uma extensa linha de acessórios (Multi-Board) que são bandejas e divisórias customizadas que permitem centenas de soluções para o transporte de diversos tipos de carga.
O estepe fica sob o assoalho, dentro de uma gaiola, sendo um Continental ContiPremiumContact 2 no tamanho 215/60 R16 - mesmo dimensão das versões de acesso da Montana (veja aqui a versão LT) - o que, no caso da Premier, o torna um estepe temporário.
O tanque de combustível, por sua vez, abriga 45 litros, o que não é exatamente impressionante.
Motor, transmissão e comportamento dinâmico
A mecânica da Montana Premier é composta pelo já tradicional motor três cilindros, com 1.2L, injeção multiponto, duplo comando de válvulas variável CVVT, turbinado. Produz 132 cv de potência a 5.500 rpm e torque máximo de 190 Nm entre 2.000 e 4.500 rpm, com gasolina. Com etanol a potência sobe para 133 cv e o torque vai para 200 Nm. Está associada a uma caixa automática de seis velocidades.
O comportamento é similar ao Tracker, com progressividade na entrega de potência e elasticidade, resultado do fato de que 90% do torque é entregue entre 1.500 e 5.000 rpm. O motor está bem isolado da cabine, tanto em relação à ruídos quanto vibrações.
Somente quando o conta-giros supera 5.000 RPM que começamos a ouvir o motor de forma mais pronunciada, com o característico ruído de motores de 3 cilindros. Não há vibrações nem em altas rotações e tampuoco em marcha lenta - resultado do bom processo de isolamento da cabine.
O comportamento dinâmico ao acelerador da Montana Premier 1.2 Turbo automática é bastante suave, porém com agilidade. A primeira marcha bem curta neutraliza a tradicional lacuna de torque em baixos regimes dos motores turbinados. Quando a rotação supera 1.500 RPM a Montana se torna de fato muito rápida - de uma forma até impressionante para um motor 1.2 Turbo, sendo a mais rápida entre as concorrentes segundo teste da revista Quatro Rodas.
A caixa de transmissão automática é a conhecida e robusta GF6 de seis velocidades - que se destaca pela suavidade de funcionamento, a despeito da rapidez das trocas operadas pelo conversor de torque. Não se observam trancos nem deslizamento. É transmissão muito confiável e mais do que testada em vários modelos da marca.
Não há seletores de trocas de marchas no volante, mas pode-se realizar a troca manual por meio do botão duplo na manopla de transmissão, mas funciona apenas quando a transmissão está operando em "L".
Em termos de desempenho, segundo a Chevrolet, o Montana Premier com câmbio automático vai de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos, mas no teste da revista Quatro Rodas, com gasolina, e a 800 metros de altitude, ela acelerou de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos. De fato, a Montana é muito rápida e ágil em uso urbano.
Ainda segundo as medições da revista Quatro Rodas, a retomada de 80 a 120 km/h, realizada em "D" (Drive) é feita em 7,3 segundos. Esse indicador denota uma picape ágil em retomadas, produzindo sensação de segurança em ultrapassagens de rodovias.
O consumo medido pela Quatro Rodas foi melhor, também, que o do INMETRO: 11,3 km/l de gasolina em cidade, chegando a 14,9 km/l em rodovia.
Comportamento
A nossa impressão inicial no teste no Paraná (veja aqui) se manteve em Brasília. A Montana se comporta como um SUV, em termos de conforto, e há a versatilidade da picape .
Entretanto, a Montana tem uma característica que a diferencia das demais que é o fato de não "pular" quando a caçamba está vazia - um comportamento usual nesse tipo de carroceria. Isso se deve ao conjunto de suspensão traseira de eixo de torção de rigidez variável, mencionado acima.
O motor 1.2 Turbo funciona silenciosamente em uso urbano, e a transmissão tem uma programação que prioriza o baixo consumo. A 70 km/h ela opera o motor a 1.900 rpm em Drive 5, subindo a 2.100 rpm em Low 4. O modo Low é adequado para ser usado em descidas de serra - contribuindo com um freio motor mais intenso, o que preserva o sistema de freios.
A 110 km/h, a rotação fica em 1.900 rpm em Drive 6, e sobe para 2.200 RPM em Low 5. Com isso, operando em Drive, a Montana é muito silenciosa também em rodovia.
A Montana tem uma altura livre do solo de 19,2 cm, ângulo de 20,7º e de saída de 25º. São números que a credenciam a um off-road leve. A Montana não tem opção de tração 4x4, mas mesmo com tração dianteira pudemos constatar com o elevado vão livre do solo e os bons ângulos de ataque, associado com o ajuste de suspensão, fazem da Montana uma picape muito adequada para pisos de baixa qualidade e também uma trilha não muito exigente, como mostramos no vídeo da reportagem.
A visibilidade é a mesma Tracker e a manobrabilidade ainda é uma vantagem. O consumo? Em Braslília rodamos mais de 250 quilômetros, com cerca de 20 litros de gasolina, calculamos a média de 12,5 km/l, em um percurso que mistura rodovia e cidade.
Aspectos positivos e que podem melhorar
Aspectos positivos: comportamento dinâmico, conforto, motor e transmissão com funcionamento suave, bom nível de equipamentos, espaço para quatro ocupantes, caçamba com modularidade e acionamento elétrico, e o preço competitivo.
Aspectos que podem melhorar: falta de opção de tração 4x4 - limitando o uso off-road; tanque de combustível de 45 litros; estepe temporário.
Conclusão
O Chevrolet Montana é um dos lançamentos mais importantes do ano. Reposiciona a Chevrolet no segmento, e, mais que isso, amplia a presença da marca, em face de a picape dispor de dimensões que a colocam em um segmento até agora inexplorado pela GM.
Que invejinha CA CA D4!! PEDE penico a GM para ensinar a JABIRACAWAGEN a fazer bons carros!! CA CA arrancou o rego da bunda de Inveja da Nova Montana!!!
Jabiracawagen diante da sua Incompetência em fazer pick-ups cito exemplo do fracasso da Bombarok e do projeto do seculo passado da Ximbicaveiro, optou em abortar o processo que nasceria faracassado da TAREK, ainda mais quando tentou se aventurar nos SUVS B co m o XING LINGTAOS, nao vende 1/3 do planejado e viu que é incompetente!!
Picape excessivamente hypada...
ResponderExcluirQue invejinha CA CA D4!!
ExcluirPEDE penico a GM para ensinar a JABIRACAWAGEN a fazer bons carros!!
CA CA arrancou o rego da bunda de Inveja da Nova Montana!!!
É uma questão de fatos. Para o trabalho Saveiro Robust é mais barata tem uma caçamba de 924 litros, e ainda com mais carga útil, de 712 Kg.
Excluirhttps://3.bp.blogspot.com/-q6_CHvm2dZE/XKgLVxONw7I/AAAAAAAAT-Q/jOGh_V69vdM3ZQ8D3G0OMDVzvawviPUrwCLcBGAs/s1600/VW-Saveiro-Robust-2020.jpg
E a Saveiro Robust custa a metade do preço.
Jabiracawagen diante da sua Incompetência em fazer pick-ups cito exemplo do fracasso da Bombarok e do projeto do seculo passado da Ximbicaveiro, optou em abortar o processo que nasceria faracassado da TAREK, ainda mais quando tentou se aventurar nos SUVS B co m o XING LINGTAOS, nao vende 1/3 do planejado e viu que é incompetente!!
ExcluirEsses sao os fatos!!
STRADA é infinitamente melhor que esse Gol caçamba.
ExcluirVulgo Mancona
ResponderExcluirMUITO BARATA POR TUDO Q OFERECE
ResponderExcluiruma LT MT apenas 122mil...
contra 123mil da Xaveiro CROSS de apenas 2 portas, apertadaça, segurança 0, plataforma de 20 anos...
parabens CHEVROLET pelos melhores carros:
ResponderExcluirmelhor picape: MONTANA
melhor SUV: TRACKER
melhor seda compacto: ONIXPLUS
melhor hatch: ONIX
chorem vwlover invejosos
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