A Volkswagen do Brasil inaugurou na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) o segundo espaço dedicado para exposição dos carros do seu acervo de clássicos, que agora conta com o Gol Last Edition.
O modelo que ficará no acervo é a unidade 1000/1000. O Gol está no espaço temático com todas as gerações lançadas e exemplares icônicos como o Gol GTI 1993 na cor vinho, versão marcante do compacto, adorada pelos entusiastas até hoje.
Apresentado oficialmente à imprensa em 15 de maio de 1980, o Gol é o carro nacional de vida mais longeva ainda em produção. Lançado nas versões básica e L, ambas com motor 1.3 de 42 cv refrigerado a ar derivado do Fusca, o Gol se posicionava entre a Brasília e o Passat. Mal havia chegado ao mercado e, já em 1981, as versões S e LS embalavam um novo motor 1.6, também a ar, mas com dupla carburação e 51 cv. Baseada na versão LS, a rara e sofisticada configuração Copa pega carona no campeonato mundial de futebol, sediado na Espanha em 1982.
Dois anos depois, o esportivo GT estreava motores de refrigeração líquida – no caso, um 1.8 litro de 99 cv, que mais tarde equiparia o Santana.
O Gol, em 1985, tomou emprestada a frente (com faróis maiores e agora acompanhados da luz de direção) do Voyage e da Parati. No final do ano, a série limitada Plus trazia motor AP 600.
O ano de 1987 foi um marco na história do Gol, que recebia sua segunda e mais profunda reestilização ao receber novos faróis, grade e lanternas, além de para-choques mais envolventes e rodas redesenhadas. Um novo esquema de nomenclatura - C, CL e GL - definia os níveis de acabamento e equipamentos, enquanto o GT era sucedido pelo GTS.
No final dos anos 80 chegava o GTi com seu motor 2.0 de 120 cv dotado de injeção eletrônica.
O Gol atravessa a década de 1990 evoluindo em acabamento interno e design, ao mesmo tempo em que protagoniza o surgimento de uma nova categoria de automóveis: os 1.0. Em 1993, o modelo chega à marca de 1.000.000 de unidades vendidas.
O Gol Copa reaparece em 1994 homenageando o maior torneio de futebol do mundo, agora sediado pelos EUA. Com um tom de azul similar ao do primeiro Copa e emprestando elementos do GTi, como as lanternas fumê, os faróis de longo alcance e o volante "quatro bolas", o modelo marca também o adeus da primeira geração – a segunda estreia em setembro e logo ganha o apelido “bolinha”.
O esportivo GTI (sim, agora com "i" maiúsculo) mantém sua aura agora com um 2.0 16V de 145 cv, importado da Alemanha. Em 1996, o último Gol 1000 “quadrado” deixa a linha de produção e, na virada para os anos 2000, surge o Gol “G3”.
Um novo século se abre e o Gol reafirma seu pioneirismo com uma versão 1.0 turbo, de 112 cv e 15,8 kgfm. Logo depois, mais especificamente em 2001, o hatch alcança 3,2 milhões de unidades comercializadas e assim ultrapassa o Fusca.
Depois do turbo, o pioneiro flex, em 2003, o Gol G5 e sua moderna plataforma PQ24 (2008) e o câmbio automatizado i-Motion (2009).
Em 2014, após um recorde de 27 anos seguidos no topo do ranking de emplacamentos, o Gol deixa liderança do mercado. Dois anos depois, passa por sua última cirurgia estética e recebe um moderno e econômico motor 1.0 três-cilindros de 12V (82 cv).
Gol GI 1300L
Aos 42 anos de idade, o Gol ficou imortalizado nas versões GT, GTS e GTI, hoje as mais cobiçadas pelos colecionadores, tanto pelo vanguardismo que trouxeram para os carros nacionais da época, quanto pela proposta esportiva. Outras variantes se tornaram igualmente itens raros de coleção, como a Copa, a Star ou a Plus, por exemplo.
No entanto, um Gol que poderia passar despercebido no trânsito se tornou uma das relíquias mais importantes do acervo, exibida pela primeira vez agora na Garagem II. Trata-se do primeiro Gol a obter a “placa preta”, um 1300 L 1980.
Adquirido de um colecionador e restaurado pelo departamento de Desenvolvimento do Produto, este exemplar foi o protagonista da “Gol Fest”, celebração dos 30 anos da produção do modelo, realizada no Sambódromo do Anhembi (SP), em 2010.
Gol GTI
O ano de 1987 foi um marco na história do Gol, que recebia sua segunda e mais profunda reestilização ao receber novos faróis, grade e lanternas, além de para-choques mais envolventes e rodas redesenhadas. Um novo esquema de nomenclatura - C, CL e GL - definia os níveis de acabamento e equipamentos, enquanto o GT era sucedido pelo mais apimentado GTS. Com apenas sete anos de vida, assumia a liderança no ranking de vendas.
Mas seu ímpeto não parava aí: no Salão do Automóvel de 1988 estreava a versão GTi e seu 2.0 8V de 120 cv e 18,4 kgfm de torque – o primeiro com injeção eletrônica a equipar um automóvel nacional. O modelo chegaria às ruas em janeiro redefinindo os conceitos do carro esportivo nacional.
Este exemplar 1993 pertenceu à frota de testes da Engenharia e anota apenas 26 mil quilômetros no odômetro.
Gol GII
Com o Brasil ainda entorpecido pelo tetracampeonato mundial de futebol, a Volkswagen lançou o Gol “GII”, em setembro de 1994.
Instantaneamente apelidado de “bolinha”, o novo hatch experimentou nessa fase uma versão GTI com motor importado da Alemanha, uma série especial em homenagem aos Rolling Stones e a primeira carroceria com quatro portas.
Antes de sair de linha, um Gol 1999 CL 1.6, na cor Azul Cancun, foi transferido da linha de montagem diretamente para o acervo da empresa. Conta atualmente com aproximadamente 400 quilômetros rodados.
Gol Endurance
A proposta lançada no Salão do Automóvel de 2002 remetia aos feitos automobilísticos dos anos 1960 e tinha como objetivo promover o Gol, em uma grande jogada de marketing: quebrar o recorde mundial de Endurance (longa duração) na categoria. Foram poucos meses de preparação até que a marca fosse alcançada: o Gol estabeleceu, às 12h23 do dia 15 de janeiro de 2003 a marca de 25 mil km rodados
O local para a prova, nomeada Endurance VW, foi o Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos. O trecho definido para o recorde foi o anel externo do circuito, com 3.108 metros de extensão.
Três unidades do Gol Power 1.6 foram escolhidas na linha de produção para o desafio. As únicas alterações realizadas foram a instalação de proteção no habitáculo dos veículos (“gaiola” de proteção) e de faróis auxiliares de longo alcance.
Foram nove dias de rodagem ininterrupta, durante os quais os carros só paravam para troca de pneus e pastilhas de freios e abastecimento. Também precisavam cumprir os períodos de revisão!
O primeiro Gol chegou aos nove mil km às 22h30 do dia 9 de janeiro. O segundo, que largou dia 10, estabeleceu a marca de 10 mil km às 17h04 do dia 13 de janeiro, após 3.218 voltas.
Após mais de oito mil voltas no circuito, o terceiro Gol chegava à marca de 25 mil km rodados em Interlagos. É esse o modelo exposto na Garagem VW, que está mantido com os adesivos originais do evento.A equipe era composta por 120 pessoas, entre técnicos, pilotos, fiscais e organizadores. Foram selecionados 15 pilotos, rodando cerca de 1h30. Os carros rodavam 24 horas, sempre no limite.
Gol GIII
Ao somar 3,2 milhões de unidades comercializadas, em 2001, o Gol bateu o recorde de vendas do Fusca.
Quase simultaneamente, a versão GTI se aposentava.
Naquele mesmo ano, um Gol GIII equipado com motor 1.0 16V representou o marco de 10 milhões de Volkswagen produzidos no Brasil.
Saiu da linha de montagem direto para a coleção da companhia.
Gol Recortado GIII
Se no Salão do Automóvel de 1994 a segunda geração do Gol exibiu todo seu aproveitamento de espaço com uma unidade cuja estrutura fora exposta, na edição de 2000 foi a vez do Gol GIII ser recortado para demonstrar como itens de segurança como freios ABS e airbags, então inéditos na categoria, estavam enraizados na nova geração do hatch.
Gol GIV
Maior reformulação na linha Gol ocorre em 2008, com o lançamento do G5. Baseado na moderna plataforma PQ25, emprestada do Polo, o hatch passava a contar com motores dispostos transversalmente e não mais longitudinalmente.
Antes de se despedir, um Gol GIV 2006, equipado com motor 1.6, foi guardado para compor o acervo de modelos históricos da Volkswagen do Brasil.
Gol Vintage
Apresentado como carro-conceito na “Gol Fest”, evento realizado em 2010 que celebrou os 30 anos do modelo, o Gol Vintage foi tão aclamado que acabou virando série limitada.
Entre os diferenciais, numeração da unidade no painel, pintura bicolor, rodas exclusivas, faixas laterais com o nome da versão e interior seguindo a mesma temática branca e preta. Uma guitarra Tagima foi desenvolvida especialmente para o carro, dotada de um sistema de pré-amplificação interno que permitia conectá-la ao sistema de som do veículo por meio de uma entrada especial.
Em exposição, o Gol Vintage 01/30, zero-quilômetro.
Gol Rallye
Os chamados “aventureiros urbanos” viveram seu auge em 2000, e uma das principais expressões dessa categoria foi o Gol Rallye. De perfil off-road, o modelo surgiu em 2004, na terceira geração, foi reeditado em 2007, na quarta, e novamente relançado em 2010, já em sua quinta fase.
O apelo aventureiro não era apenas estético: a suspensão fora elevada em 28 milímetros, esticando para 171 milímetros a altura livre do solo, e era acompanhada de novas molas e amortecedores mais firmes.
A unidade exposta, que compôs a frota de testes da Engenharia, é de 2011 e registra aproximadamente 88.000 quilômetros.
Gol GT Concept
Produzido entre 1984 e 1987, quando fora substituído pelo lendário GTS, o GT foi mais do que o primeiro Gol esportivo, ao inaugurar na linha a refrigeração líquida – no caso o 1.8 de 99 cv que logo depois chegaria ao Santana. Formava-se ali a dinastia de hatches esportivos da marca.
Pois durante o Salão do Automóvel de 2016, o modelo ganhou uma releitura. Autoria do estúdio de Design da Volkswagen do Brasil, o Gol GT Concept foi o que podemos chamar de “show car”: pintura Cinza Volcano com detalhes vermelhos e teto em preto brilhante, rodas de 18 polegadas, faróis em LED e para-choques envolventes; na cabine, a esportividade estava nos bancos tipo concha, logo “GT” no painel, volante do Golf GTI, pedais e alavanca do câmbio revestidos em alumínio e solteiras das portas alusivas à versão.
Foi um dos carros mais badalados no estande da Volkswagen durante o evento.
Gol Patrulheiro
Para atender a uma licitação da Polícia Civil do Estado de São Paulo, esta unidade 2017 rodou cerca de 3.800 quilômetros em testes no Desenvolvimento do Produto.
Gol Last Edition
Após 42 anos de produção ininterrupta na fábrica de Taubaté (SP) e depois de criar histórias com brasileiros e latinos de todos os cantos do continente, o Gol chega a sua última versão. Para honrar a despedida do carro mais produzido, vendido e exportado na história do mercado brasileiro, a Volkswagen apresenta a edição limitada Last Edition.
Esse Gol GTI 1993 ai, esse carro vale mais que uma BMW 320i M Sport 0KM. Isso se chama prestígio.
ResponderExcluirComo mente...
Excluirhttps://sc.olx.com.br/florianopolis-e-regiao/autos-e-pecas/carros-vans-e-utilitarios/gol-gti-1993-1114012468?lis=listing_2020
MENTIRA!!! Os mais caros Gols dessa geração quadrada giram em torno de R$ 220.000,00 desde que completamente restaurados e resolvidos problemas crônicos dessa geração, que estão sobretudo nas rachaduras e trincas do túnel central (a By Deny Studio, do Denilson em Indaiatuba/SP é mestre nessas correções que a engenharia da VW NUNCA conseguiu resolver).
ExcluirTais trincas podem comprometer a estrutura do veículo e causar acidentes e que podem levar a morte dos ocupantes...
E se quer comparar BMW com Gol, faz assim ó seu TAPADO, veja quanto custa uma BMW M3 da geração E36 (ano 1992) restaurada versus um Audi RS5 novo...
A BMW sai mais cara seu mané...
Cara, você só posta merda, como consegue escrever tanat idiotice assim MDS
A VW prepara o renascimento do Gol como um SUV compacto, com comprimento na faixa de 4 metros, e na plataforma MQB-A0.
ResponderExcluirClaro que a Volks não vai deixar um nome tão forte e de tão prestigiado como o Gol morrer. É apenas um até logo.
ResponderExcluirForte e prestigiado nas locadoras. Varejo nem lembra que esse lixo existe.
ResponderExcluirQ belo site, tem uma foto do SANTANA no fim
ResponderExcluirANTAS somente ANTAS
Já vai tarde!
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