Chevrolet S-10 Z-71 2022 tem visual esportivo e bom desempenho - avaliação

A Chevrolet S-10 Z71 chegou ao mercado em outubro de 2021, sendo que a avaliamos em novembro do mesmo ano no Pantanal. E agora novamente testamos um exemplar em Brasília (DF), cedido pela GM do Brasil. O preço subiu R$ 14.310 desde então, passando a custar R$ 274.800, posicionada entre a LT (R$ 262.840) e a LTZ (R$ 286.070).

A Chevrolet S-10 foi a segunda picape mais vendida do Brasil em 2021, com um total de 35.046 unidades transacionadas, atrás apenas da Hilux que registrou 45.893 unidades. As demais picapes ficaram bem atrás: Ranger - 20.499; L200 - 13.157; Frontier - 11.816 e Amarok - 7.894. Em 2022 a S-10, com 650 emplacamentos fica atrás da Frontier (753), L200 (789), Ranger (1.108) e Hilux (2.840).

Desde a sua atualização de geração, em 2012, a Chevrolet S10 vem se aperfeiçoando, sendo esta versão Z-71, com decoração mais esportiva, buscando reforçar as características de custo x benefício. O modelo tem detalhes como adesivos decorativos, santantônio exclusivo, e a substituição dos cromados por detalhes em preto.

Da versão topo de gama, High Country (R$ 297.130), vem o para-choque dianteiro, com o emblema Z17 no lugar da gravatinha dourada.

As rodas são da High Country também, de 18 polegadas, mas pintadas totalmente de preto. Faróis e lanternas escurecidos contribuem para o visual mais esportivo.

O conjunto mecânico também é o mesmo da versão topo de gama: motor 2.8 turbo diesel de 200 cv, e 51 Kgfm de torque, associado com transmissão automática de 6 marchas, e tração 4x4 de acionamento eletrônico.

Segundo dados da GM, esse conjunto a acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos. O consumo, segundo o INMETRO, é de 8,3 km/l em cidade, e de 10,6 km/l em estrada.

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Características internas

Se externamente a Chevrolet S10 Z-71 traz elementos da High Country, o interior da Z-71 denota seu foco em custo x benefício.

O ar-condicionado é analógico (digital de duas zonas da High-Country), e o sistema de informação e entretenimento MyLink tem tela de 7", compatível com Apple CarPlay e Android Auto, mas exige uma conexão por fio (sem fio da versão topo de gama).

O aspecto positivo é a câmera de ré de alta definição - que auxilia nas manobras para um carro com mais de 5,361 metros de comprimento, 1,87 metros de largura, e 1,78 metros de altura.

Os bancos e o volante são revestidos em couro sintético preto (marrom na High Country), e os detalhes cromados da versão top dão lugar a apliques em prata, mas o black piano da manopla de câmbio foi mantida.

A qualidade percebida nesta Chevrolet S10 Z-71 é muito boa, uma das melhores do segmento. A marca tem apelado para o recurso de estofamento de certas partes do console, o que eleva o padrão de apresentação.

Em relação a habitabilidade, com 3,1 metros entre eixos, o Chevrolet S10 é uma das referências – senão “a” – em termos de espaço nos bancos traseiros. Há bom espaço para as pernas e os assentos oferecem um bom apoio, embora esta Z-71 não tenha apoio de braço central.

Um pouco mais atrás, a caixa ainda não declara sua capacidade oficial (seu volume de 1,06 m3), mas a GM promete capacidade de carga de 1.200 Kg.

Já a porta traseira mortecida, que é opcional na High Country, aqui não é opção.

Na dianteira, a posição de condução permite ajustar o banco milimetricamente, mas o volante tem ajuste apenas de altura, e não de profundidade. O cluster de instrumentos traz quatro mostradores analógicos e um computador central monocromático que poderia ser um pouco mais avançado tecnologicamente, mas que oferece os dados justos e necessários.

Em termos de equipamentos, a S-10 Z71 traz de série Hill Descendent Control; piloto automático; faróis com ajuste elétrico; alerta de pressão de pneus; 6 airbags (2 laterais, 2 frontais e 2 de cortina); lanterna de neblina; ganchos de amarração na caçamba.

Há ainda DRL (sistema de posicionamento diurno em LED), sensores de estacionamento traseiros, mas ela fica devendo para a High-Country frenagem automática, sensor fotocrômico para acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e o assistente de saída de faixa.

Apesar da conotação esportiva, a mecânica é a mesma da topo de gama, mas com pneus diferenciados. No caso da Z-71 adota-se os pneus All-Terrain, laterais reforçadas para priorizar a aderência e a durabilidade em pisos de terra.

Consumo de combustível

O consumo de combustível do Chevrolet S10 LTZ é maior do que gostaríamos. Em uso urbano, obtivemos 9 km/l, mas Brasília (DF) tem uma característica mais favorável, sem grande aclives e o trânsito é mais leve. Com o tanque de 76 litros, obtém-se 680 km de autonomia.

Em estrada, com o piloto automático em 100 km/h, obtivemos 11,2 km/l. Já a 130 km/h o consumo caiu para 7,9 km/l. Com essas médias, a autonomia varia entre 600 e 851 quilômetros.

Desempenho

Assim como a High Country, a S-10 Z71 adota a configuração mais avançada do motor 2.8 Turbo Diesel. Com isso, o "turbo-lag" é quase inexistente", e o funcionamento tanto do motor quanto da transmissão é muito suave, oferecendo conforto.

Mas a Chevrolet S10 Z-71 acelera bem: conseguimos 10,5 segundos para (+0,4s sobre o tempo oficial) para ir de 0 a 100 km/h. As retomadas de 80 a 120 km/h em Drive foram em menos de 9 segundos. No geral as sensações são boas, transmitindo segurança e força.

Na hora da frenagem, o Chevrolet S10 adota freios traseiros a tambor. Ela leva 44 metros para parar de 100 Km/h à imobilidade.

Conclusão

O Chevrolet S-10 Z71 traz um visual esportivo, mecânica refinada e atualizada, e um pacote de equipamentos interessante, mas que deve itens importantes para a High Country - que custa apenas 8% a mais.