Novo Chevrolet Onix voltará a ser produzido dia 16 de agosto

Após quase cinco meses parada, a fábrica da General Motors em Gravataí (RS), responsável pela produção do Novo Onix, voltará a operar no próximo dia 16 de agosto.

A fábrica ficou parada por um grande período por escassez de semicondutores, e agora voltará a operar, inicialmente, em apenas um turno de trabalho. Entretanto, apesar do retorno da produção, a recuperação de mercado da GM levará um tempo, segundo analistas ouvidos por reportagem da CNN Brasil e do jornal O Estado de São Paulo.

O Novo Onix responde por 40% das vendas da GM, e foi o líder de mercado no Brasil nos últimos 5 anos. Com o fim de produção, a GM perdeu o pódio em janeiro e está em terceiro lugar no acumulado do ano, atrás de Fiat e Volkswagen. Há um ano, o share da GM era de 17,5%. Em 2021 despencou para 11,5%. Nos últimos três meses isolados, ficou na sétima posição, atrás também de Hyundai, Toyota, Jeep e Renault.

A escassez de semi-condutores afeta todo o setor, mas a GM foi a mais prejudicada. Segundo a GM, o Onix usa cerca de mil semicondutores e sistemas integrados, até o dobro do que outros modelos da mesma categoria.

Entretanto, segundo Jaime Ardila, que já foi presidente da GM do Brasil e da América do Sul, e atualmente é sócio da consultoria Hawksbill Group, com sede nos EUA, em entrevista à reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", a falta maior de chip para a GM e outras empresas "é resultado da estratégia das companhias de privilegiar veículos mais rentáveis nos EUA e na China, e deixar a América Latina com prioridade menor". Ou seja, para o executivo, como há uma escassez mundial, a montadora que opera globalmente privilegia os locais que tem maior rentabilidade.

Porém, segundo tal executivo, tal situação é "temporária e deve melhorar até o fim do ano".

A parada da fábrica da GM, que produz seu principal produto não afeta os investimentos, já que a GM está bancando grande reforma na fábrica de São Caetano do Sul (SP) para a produção da nova picape Montana.

Sem corte de empregos

Apesar das fábricas paradas, segundo a reportagem do Estadão não há planos de redução de mão de obra. Ao contrário, na fábrica de São José dos Campos (SP) aponta-se uma criação do terceiro turno de produção quando a oferta de chips normalizar. A fábrica já contratou 450 trabalhadores temporários este no.

Além da fábrica de Gravataí, no dia 26, a fábrica de São Caetano retorna parcialmente no dia 26 com cerca de 2 mil funcionários.

Fonte: CNN Brasil / O Estado de São Paulo