Stellantis apresenta DS-4: SUV compacto com versão híbrida plug-in

A DS, marca premium francesa de propriedade do Grupo Stellantis, apresentou na Europa o novo DS-4, que tem a meta de concorrer com hatchback premium (pense no VW Golf Mk8, BMW série 1, Mercedes-Benz Classe A e Audi A3) ou um crossover vagamente esportivo (como o Audi Q2 ou BMW X2).

Ele vem em duas versões principais, o DS 4 e o DS 4 Cross, que usa barras de teto e alguns truques de design para fazer com que pareça mais robusto e alto, embora não seja. Ambos estão disponíveis com uma ampla escolha de acabamentos internos e externos, mas também há um pacote de acabamento chamado Performance Line que o DS considera uma terceira versão separada.

Sob a pele, há componentes compartilhados com muitos outros hatchbacks e crossovers do que era o grupo PSA, mas agora é a ainda maior aliança Stellantis. Mas o DS, como sempre, está se especializando em conforto, estilo, tecnologia e uma experiência de propriedade civilizada, ao invés de se preocupar com sua similaridade dinâmica com o Citroën C5 Aircross ou Peugeot 5008.

Procure dentro traz um design de cabine mais limpo, menos retrô e mais bem-sucedido de qualquer DS da era moderna. Conceitualmente, tem áreas de 'conforto' - assentos, apoios de braços - que são macios e organizados, e áreas de 'controle' - telas, botões, etc. - que, impressionantemente, são quase tão organizadas. Isso não foi alcançado eliminando todos os interruptores e enterrando tudo nos submenus da tela sensível ao toque. Em vez disso, trata-se de agrupar os controles de forma inteligente e fazer algumas boas chamadas sobre o que deve ser um controle físico e o que pode ser deixado para voz, gesto ou toque.

Assim, as aberturas de ventilação laterais são posicionadas nas portas - não no painel - próximo aos controles da janela, e as aberturas centrais quase não são visíveis, de forma que elas estão perfeitamente mescladas com seus controles em uma lâmina central.

A robusta alavanca de câmbio (a transmissão em todas as versões é por oito velocidades automática) fica ao lado de uma tela inferior que controla algumas funções, enquanto a tela central maior e mais alta pode ser personalizada para priorizar as funções que são mais importantes para você.

Há um head-up display avançado que o DS diz não ser uma realidade aumentada, mas que, no entanto, sobrepõe informações importantes na estrada à frente, movendo-se diagonalmente com o olhar do motorista. A visão noturna também está disponível, assim como o vidro acústico com redução de som - um dos muitos recursos mais frequentemente associados a carros maiores e mais caros.

As comparações diretas são complicadas, porque o DS 4 é largo, mas curto e não particularmente alto, e roda em ligas de 19 ou 20 polegadas, adicionando ao visual musculoso. Suas dimensões são muito próximas ao Mercedes GLA, exceto que não é tão alto.

Como muitos produtos Stellantis atuais e futuros, ele usa a plataforma EMP2, mas o DS 4 tem muitas modificações para permitir seu exclusivo capô longo, telhado inclinado, sillhouette de roda grande e permitir componentes de direção e suspensão personalizados. A unidade de ar-condicionado também é mais compacta do que em outros EMP2s. O peso foi reduzido pelo uso de mais materiais compósitos e soldagem por adesão.

Há alguma inteligência de design acontecendo com a grade e as luzes LED traseiras, que parecem mais curvas do que realmente são. As luzes dianteiras são todas novas, apresentando novas faixas verticais de LED duplas diretamente do conceito ASL e faróis de LED de matriz direcional mais finos.

E é elétrico?

Não 100%. O modelo E-Tense traz um propulsor PHEV com motor turbo a gasolina de quatro cilindros e um único e-motor, com uma potência combinada de 222 cv, acionando as rodas dianteiras. Gasolina com 128bhp, 178bhp e 222bhp também estão nos planos, assim como um diesel de 128bhp.

Se tudo o que a DS prometeu se concretizar, o 4 será um veículo familiar calmo, confortável e compacto, onde os passageiros são levados tão a sério como o condutor. A abordagem parece mais próxima da Volvo do que dos fabricantes premium alemães, e a DS teve muitos problemas para trazer um toque extra e charme próprio.