Alfa Romeo fracassa novamente frente às alemãs premium

A Alfa Romeo era um dos pilares da estratégia do então CEO da FCA, Sergio Marchionne, morto em 2018, para o fortalecimento da empresa. A montadora de carros pretensamente premium italianos deveria ter se consolidado como uma competidora da Audi, BMW e Mercedes-Benz, funcionando como vertedouro de lucros para o conglomerado. Mas não funcionou: as vendas da Alfa desabam, e as principais apostas em termos de produto fracassaram.

A FCA colocou muito dinheiro no relaçamento da Alfa Romeo, e o objetivo era o de atingir 400.000 unidades vendidas em 2018. Mas os números não chegam a 10% disso, com vendas totais de 33.400 unidades. Em em 2019 o desastre continua, com registros indicando quedas de 40% frente a 2018.

O declínio da Alfa Romeo é explicado pelo fato de que os recentes produtos da marca não chamam a atenção e não lograram êxito em competir com os alemães. O sedã pretensamente premium Giulia enfrenta uma situação dramática. Suas vendas caíram 44% em 2019 - um número que não é nada perto do que vendem Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C - todos acima de 40.000 unidades por ano. Com apenas três anos no mercado, o Giulia já se apresenta como se fosse um modelo antigo.

Outra aposta da Alfa, o SUV pretensamente premium Stelvio, lançado em 2017, não disse ao que veio. Logo em 2018 as vendas caíram 18%. Quais os motivos? Primeiro, seus rivais, SUVs verdadeiramente premium como Porsche Macan e BMW X4 foram atualizados. E também pelo fato de que o Stelvio não é um SUV familiar como o Audi AQ5 e nem um SUV esportivo como o Macan.