Volkswagen T-Cross 1.0 TSI: consumo e desempenho

A Volkswagen lança na Europa o T-Cross, SUV compacto derivado do Polo. O modelo chegará às concessionárias do Velho Mundo em abril, simultaneamente ao Brasil.

O Volkswagen T-Cross chega ao mercado europeu com a missão de, no mínimo, igualar o enorme sucesso do T-Roc - o SUV do Golf que já emplacou mais de 200.000 unidades vendidas só na Europa.

O T-Cross é o menor SUV da Volkswagen para a Europa, mas mesmo assim é bem embalado, e contribui para uma adição atraente à crescente variedade de SUVs da empresa. Inteligente, espaçoso e bastante bem equipado, não é tão caro quanto você poderia esperar de um carro compacto da Volkswagen.

E é mais do que afiado o suficiente para dirigir e, de uma só vez, torna-se o mais desejável pequeno SUV que o dinheiro pode comprar. O slogan de marketing "Eu sou mais" pode estar correto.

O Volkswagen T-Cross europeu é baseado no Polo (o brasileiro é baseado no Virtus). E é o terceiro SUV novo da marca nos últimos dois anos e completa uma linha familiar de não menos que cinco modelos no total. A VW, você pode concluir com razão, está totalmente comprometida com os SUVs, tanto agora como no futuro, com uma variedade de drivetrains que incluirão um modelo elétrico completo nos próximos 18 meses.

Agora, o T-Cross chega ao mercado europeu com duas opções de motor diferentes, ambas as turbinadas a gasolina de três cilindros de 1.0 litros - uma com 94 cv e a outra com 113 cv. Em sua forma mais acessível, o T-Cross custa apenas 17.975 € (R$ 78.000), subindo para 29.300 (R$ 127.300) no caso do R-line DSG-7.

Desempenho e consumo

	Unidade	T-Cross 1.0 TSI (95 cv) DSG-7	T-Cross 1.0 TSI (115 cv) - DSG7
0 a 100 km/h [s]	seg	11,5	10,2
Velocidade máxima	Km/h	180	193
Consumo médio (WTLP)	Km/l	17,2	16,4
Consumo (tráfego lento)	Km/l	14,9	13,7
Consumo (tráfego médio)	Km/l	18,5	17,2
Consumo (tráfego rápido)	Km/l	20,0	18,9
Consumo (tráfego muito rápido)	Km/l	15,9	15,4

Dimensionalmente, o T-Cross vendido na Europa é menor que o brasileiro. Ele é é ligeiramente mais comprido que um Polo (4.107mm). Também é 11 cm mais alto, enquanto a posição de condução foi elevada em 100 cm. Como resultado, é consideravelmente maior do que um Polo no interior, apesar de suas distâncias entre-eixos idênticas (2,56 - o modelo brasileiro tem 2,65).

Na parte traseira, o T-Cross possui um banco que desliza para trás e para frente, aumentando o espaço para as pernas traseiras em impressionantes 15 cm. Parece mais divertido, mas, ao mesmo tempo, mais adulto do que um Polo dentro, e a sensação extra de espaço é imediatamente óbvia - de qualquer um dos cinco assentos, mas especialmente na traseira.

Com o banco na sua configuração mais recuada, o T-Cross sente-se genuinamente espaçoso, com pernas e espaço para poupar. Deslize o banco para frente, no entanto, e o espaço para pernas fica reduzido.

O espaço para bagagem pode variar entre 385 e 455 litros - ou um valor teórico de 1.281 litros com todos os assentos dobrados. E isso faz com que seja muito mais flexível e complacente do que um Polo também. Mesmo o banco do passageiro pode ser dobrado, criando uma área de carga semelhante à de uma pequena van.

Dito isto, deslizar o banco traseiro para a frente deixa um buraco curiosamente grande em toda a parte de trás do porta-malas, no qual mesmo itens bastante grandes podem cair. Os projetistas da VW não parecem muito incomodados com isso, apontando quanto espaço de inicialização extra o assento deslizante desencadeia, mas parece um truque estranho em um SUV prático e bem projetado.

No caso do modelo brasileiro a solução adotada foi diferente, com o banco traseiro mudando apenas de inclinação, sem ajuste longitudinal. Outro aspecto que explica as diferenças é o fato de o T-Cross europeu não dispor de estepe, enquanto o modelo vendido no Brasil conta com tal recurso.

Na Europa o T-Cross será vendido em quatro níveis diferentes de acabamento; S, SE, SEL e R-Line. A lista de opções é longa, mas todos os modelos vêm com o excelente sistema de infoentretenimento touchscreen de 8 polegadas da VW com conectividade total como padrão, além de carregamento sem fio para seu telefone, luzes LED frontais e traseiras, ar condicionado e uma variedade de sistemas de segurança ativa e passiva inclua assistência de faixa, assistência de freio e monitoramento lateral.

Ao dirigir o T-Cross a primeira coisa que você percebe quando você sobe a bordo é a altura extra da posição de condução. Todos os modelos do T-Cross na Europa conta com um o novo design de traço "3D" opcional da VW; parece bom, sente-se bem e apresenta plásticos de traço muito mais sólidos que o Polo.

O motor do T-Cross é o três cilindros 1.0 - basicamente o mesmo que impulsiona o Up! GTI. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos, no caso do modelo com 113 cv, e 11,5 segundos com a configuração de 94 cv,.

O refinamento é impressionante nos dois motores; o carro 94 cv recebe uma transmissão manual de cinco marchas, enquanto o de 113 funciona bem com uma de seis marchas. Ambos estão disponíveis com uma transmissão opcional de dupla embreagem e 7 marchas.

Em movimento, o T-Cross circula muito bem e dirige com uma precisão leve e precisa. Ele não rola tanto quanto você espera de um carro tão alto e, novamente, seu chassi tem um refinamento adulto que desmente seus alicerces. Dinamicamente, ele deve muito pouco ao Polo no qual está baseado.

Vídeo - VW T-Cross 250 TSI Automático (modelo brasileiro)