A Hyundai Motors do Brasil registrou em novembro de 2018 a liderança de vendas no segmento de SUV´s no Brasil, com o Creta tendo emplacado 5.026 unidades. Em dezembro, até o dia 20, já tinham sido comercializados 3.853 unidades - mais de 1.100 unidades à frente do HR-V (o antigo líder de segmento).
No acumulado do ano já foram emplacados mais de 48.000 unidades do Creta - também mais de 1.000 unidades à frente do Honda.
Recentemente o Hyundai Creta foi pelo sendo testado pela Volkswagen como referência para o seu SUV compacto, o T-Cross, que chega ao mercado no começo de 2019, o que indica que este SUV fabricado em Piracicaba está tomando ares de referência no segmento.
O Hyundai Creta Pulse Plus Automático possui o motor quatro cilindros Gamma 1.6L Flex, aspirado, com 130/123 cv (E/G) e torque máximo de 16,5/16 Kgfm (E/G), associado a uma transmissão automática de seis marchas de conversor de torque.
O conjunto é capaz de acelerar os 1.359 Kg do SUV de 0 a 100 km/h em 12,6 s (gasolina) e em 12,3 s (etanol). O consumo no nosso percurso (50% cidade/50% rodovia), com gasolina, foi de 10,5 Km/l (ar-condicionado e duas pessoas a bordo em 100% do tempo).
A revista Quatro Rodas obteve 10,3 km/l de gasolina em cidade, e 13,7 Km/l em rodovia - números ligeiramente melhores que os do INMETRO, que, com gasolina, aponta 10,1 km/l para o ciclo urbano, e 11,3 km/l no rodoviário.
O quadro abaixo traz os dados técnicos, de desempenho e custos do Creta 1.6 Pulse Automático.
Comportamento dinâmico
Nós, que já tínhamos avaliado do Creta 2.0 Prestige (veja aqui) - que mostrou-se ágil em uso urbano e rodoviário, estávamos curiosos para saber se este SUV de 1.359 Kg se comporta bem com o motor Gamma 1.6 Flex do HB20 associado com uma transmissão automática.
Após uma semana de uso podemos dizer que o Creta 1.6 Automático tem um desempenho suficiente para a proposta do modelo. Em nenhum momento sentimos falta de mais potência e torque da versão 2.0, o que nos leva a concluir que ele é uma opção interessante em termos de economia relativamente ao 2.0, pois além de mais barato, é mais econômico.
Entretanto, o que mais agrada no Hyundai Creta 1.6 Automático é a suavidade de funcionamento do powertrain. Não há vibrações transmitidas à carroceria e o motor roda suave e liso. Melhor ainda é a transmissão automática de seis marchas de conversor de torque: rápida, silenciosa e discreta (no sentido de operar mudanças de marcha de forma imperceptível).
É uma transmissão de seis marchas, eficaz e eficiente, mas sem penduricalhos como teclas "Sport" ou seletores de trocas manuais. Penduricalhos desnecessários, já que a transmissão parece contar com uma espécie de "modo Sport on demand", pois basta acelerar um pouco mais forte para ela esticar as marchas em rotações mais elevadas - aumentando agilidade. A operação convencional - que prioriza conforto e economia - volta automaticamente quando cessa a demanda por mais agilidade.
O conjunto motor câmbio hormorriza-se com a suspensão com excelentes 19 cm de vão livre do solo, e ajuste que mostra bom compromisso entre conforto e estabilidade. A suspensão dianteira, McPherson, parece dispor de um ajuste mais macio, enquanto a traseira, de eixo de torção, um pouco mais firme. O conjunto absorve as irregularidades dos pisos brasileiros com competência - e encara um off-road leve, como mostramos no vídeo, sem reclamar, e sem chegar perto de fim de curso.
A direção é extremamente leve em manobras urbanas, graças à assistência elétrica, e transmite segurança em velocidades mais elevadas. O sistema de freios apenas deixa a desejar, com discos apenas na dianteira, com tambor na traseira - o que explica os espaços de frenagem maiores do Creta frente ao HR-V (que usa discos sólidos na traseira).
E por falar em segurança, o Creta vem de série com controle eletrônico de estabilidade e de tração, e o auxiliar de partida em rampa - além do obrigatório sistema anti-travamento com EBD (distribuição eletrônica de frenagem). Mas vem com apenas 2 airbags - o que não deixa de ser uma surpresa negativa, já que o Hyundai HB20 Premium - de segmento inferior - já oferta 4 airbags.
Há ainda monitoramento de pressão dos pneus, travamento automático das portas e do porta-malas a 20 km/h, ISOFIX® com top tether para cadeirinha de bebê e assento infantil, destravamento automático das portas em caso de acidente, entre outros itens.
Acabamento e construção
Assim como já tínhamos notado na versão Prestige, o Creta é um carro está impressionantemente bem montado. A cabine, com seu bom nível de qualidade percebida, faz sua parte em fazer com que este Hyundai fabricado em Piracicaba se sinta adequadamente sofisticado e premium, certamente alinhando-se bem ao lado de seu irmão mais caro o New Tucson (fabricado em Anápolis).
Esta é uma versão intermediária do Creta (há ainda o Creta Sport e o Prestige - ambos com motor 2.0), de modo que o revestimento dos bancos é em tecido (não existe opção de revestimento em couro para o Creta 1.6 - o que seria desejável), e o painel é inteiramente confeccionado em plástico rígido (como no New Tucson).
Entretanto a impressão do interior é de uma qualidade muito elevada. Os plásticos têm textura que transmite impressão de qualidade, sendo que a parte central do painel traz um revestimento discretamente texturizada.
O mesmo padrão elevado de construção se observa na carroceria, com peças de estamparia perfeitamente alinhadas e separadas por vãos delgados e uniformes - o que indica precisão de montagem.
A carroceria e o interior bem montados podem ser "sentidos" no passeio sólido e que do Creta - não se sente torções de carroceria em lombadas e valetas, evidenciando a elevada rigidez torcional da estrutura - o que é garantia de prevenção de ruídos e comportamento dinâmico previsível (já que a geometria de suspensão trabalha mais frequentemente dentro das especificações de projeto).
Na parte central do painel temos um sistema de infoentretenimento operado por tela sensível ao toque que permite integração com smartfones Android (Android Auto) e Apple (CarPlay), habilitando, entre outras funcionalidades, rodar na tela do sistema do carro o sistema de navegação Waze ou Google Maps - os quais podem ser operados por comandos de voz. A central é rápida, de funcionamento intuitivo e fácil de operar. Evidentemente, ele também permite conexão via Bluetooth.
A direção é ajustável em altura e profundidade. Associando esses ajustes à regulagem do banco do motorista, obtém-se sempre a posição ideal de condução - que será, invariavelmente, elevada. O Creta impressiona também com níveis admiráveis de espaço interior e conforto - sendo o porta-malas ofertando 431 litros (perde apenas para os 437 litros do Honda HR-V).
O Creta oferece um passeio bem amortecido, compatível com o tipo de piso que se encontra no Brasil - isolando bem a carroceira de imperfeições da estrada. A configuração de direção bem ponderada oferece níveis adequados de feedback, mantendo-se impressionantemente precisa.
Conclusão: como o Toyota Corolla
Os compradores do segmento de SUV´s compactos estão preferindo o Creta - o que não é pouca coisa em um mercado com muitos e competentes concorrentes.
Esta versão 1.6 Pulse Plus Automática oferece um balanço razoável entre preço, boa relação de itens de série, suavidade de funcionamento e confiabilidade - não por acaso características presentes em outro best-seller do mercado brasileiro - o Toyota Corolla.
Acho as rodas da versão de entrada ridiculamente pequena.
ResponderExcluirParece ser um excelente suv.
ResponderExcluirCreta 1.6 de 123 cavalos e 16 kgfm de torque por 92.000 com Freios a tambor, apenas 2 airbags obrigatórios, volante de plástico, bancos em tecido, painel e portas 100% em plástico duro, péssimo sistema de som, etc, é simplesmente RIDÍCULO.
ExcluirNão tem dinheiro para pagar, aí fala mau
ExcluirA briga vai ser boa com T-Cross 1.0 TSI Aut. Uma é certa, o SUV da VW vai andar mais. A depender do preço, tem tudo vender mais que o virtus nos primeiros meses.
ResponderExcluircerteza...vai vende muito t-cross
ResponderExcluirChamar isto de sub é uma piada né. Há falta de tudo o tempo todo. Suv é um Equinox.
ResponderExcluirCadê o Carlos pra falar que o Gol é melhor kkkkkl
ResponderExcluirQuando lançaram o Creta ele escreveu que era mico, que não venderia as 3.000 unidades mês que estavam previstas. Sabe tudo.
ResponderExcluirCadê o Carlos pra falar que Up é mais espaçoso ? kkkkk
ResponderExcluirCreta 1.6 de 123 cavalos e 16 kgfm de torque por 92.000 com Freios a tambor, apenas 2 airbags obrigatórios, volante de plástico, bancos em tecido, painel e portas 100% em plástico duro, péssimo sistema de som, etc, é simplesmente RIDÍCULO.
ResponderExcluirTem que ser débil mental para comprar esse lixo lerdo, pelado e mal acabado com motor 1.6 de 123 cavalos e 2 airbags por 92 mil.
ResponderExcluirDá pra comprar um Golf TSI AT com rodas 17 e teto panorâmico por esse valor.
A Hyundai não coloca couro nem no volante desse carro de 92 mil...volante de plástico é ridículo.
ResponderExcluirAliás, o Ix35 de 109 mil reais também tem volante de plástico e 2 airbags.
O valor do Top de linha 2.0 está R$98.000 em SP capital.
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