Com o título de "Os 12 carros mais vendidos do Brasil que ninguém conhece", a revista alemã Auto Motor und Sport comentou (veja aqui) sobre o exotismo dos modelos mais vendidos do Brasil: "Chevrolet Onix? Nunca ouvi falar. Fiat Strada? O que é isso? Renault Kwid? Hã?. Eles pertencem a segmentos que parecem bastante repugnantes para nós."
A reportagem inicia com os clichês usados pelos europeus para referir o Brasil: "Colorido, alegre, e pessoas com belas formas", mas aponta que isso pode ser aplicar às pessoas. Para os carros, a paisagem é de "carros com cores predominantemente entre preto e branco, com diferentes tons de cinza", e "dificilmente se vê carros coloridos".
Sobre os segmentos, eles apontam como "bizarras" certas categorias não vistas na Alemanha, como a das picapes feitas sobre carros compactos ou pequenos, como Saveiro, Strada e Toro. Há ainda comentários sobre os 12 carros mais vendidos:
12º Fiat Toro
Incomum para europeus e norte-americanos, a Fiat Toro é apontada como uma "representante típica do estilo de pick-up que os brasileiros preferem: uma cabine compacta, mas cheia de equipamentos, e ladeada por uma pequena área de carga".
E completam: "Este é o carro que a VW Tarok terá que passar assim que chegar ao mercado em 2020 (o estudo conceitual estreou no Salão de São Paulo deste ano)".
11º Fiat Argo
Este faz parte do popular segmento de compactos no Brasil, que chegou em 2017 para suceder Punto e o Palio.
Eles apontam que a "aparência de carro feito para superar inundações é típica e tem razões práticas: as condições das estradas brasileiras são cronicamente ruins e, além disso, os carros vendidos ali [no Brasil] devem ser capazes de superar os muitos limitadores de velocidade [as lombadas, que não existem em outros países) sem danos. Só isso para para explicar a aparência off-road do Argo, com seus protetores plásticos nas laterais".
10º Jeep Compass
Esse eles conhecem, pois o Compass é vendido na Europa. Faz parte do "boom de SUVs, que também conquistou o Brasil": 25% de todos os carros recém-registrados são SUVs. Eles se surpreendem pelas altas taxas de crescimento da demanda por carros diesel no Brasil.
9º Toyota Corolla
Eles dizem que o "Corolla está voltando para nós, nunca deixou o Brasil: o Toyota Corolla". Apontam que "embora conheçamos o japonês principalmente como um compacto hatchback, ele é vendido no mercado brasileiro exclusivamente como um sedan notchback de quatro portas. Não é de admirar: Os chamados hatchs médios estão se tornando cada vez mais impopulares e cada vez mais cedem quotas para o mercado de SUVs cedem.". Já o "notchback ainda funciona bem nesta classe de veículos".
8º Renault Kwid
Os alemães se admiram que conseguiram fazer um SUV de um carro ridiculamente pequeno. "É o Renault Kwid de 3,68 metros, que está disponível na Índia desde 2015 e é exportado para outros países asiáticos. Desde 2017, o Kwid para o mercado interno também está sendo construído no Brasil. Como existem requisitos de segurança mais rigorosos, a versão sul-americana é significativamente mais pesada que a indiana".
7º Chevrolet Prisma
No início do milênio, a Chevrolet tentou reformular sua oferta na Europa com carros desenvolvidos pela coreana Daewoo, e o Cruze é um exemplo. Deu errado na Europa, mas no Brasil deu certo, onde a marca vende com muito sucesso carros produzidos localmente, pequenos e compactos, simples construídos e com preços relativamente baratos. O prisma é um bom exemplo de tais modelos: um sedan notchback compacto.
6º Fiat Strada
Eles dizem que o "nome pode ser um pouco enganoso". "Se um modelo tem o nome de "Strada" (termo italiano para estrada), poderia se esperar de um modelo estradeiro feito para o motorista desfrutá-lo em boas estradas - os chamados "drivers cars". Mas não é o caso.
"Na verdade, o Fiat Strada é um típico exotismo brasileiro. Com base em um carro compacto, o Palio, os engenheiros cortaram a célula de passageiros a partir da coluna B - e colocaram uma área de carga ancorada. Aliás, o Strada perene: está no mercado desde 1999. Desde então, tem havido alguns facelits, mas o modelo é o mesmo".
5º VW Gol
"Bem, há algo faltando?! O "F" sumiu? Não é o Golf? De modo nenhum. Embora a Volkswagen do Brasil também ofereça o Golf (com modesto sucesso), o papel do best-seller no mercado local desde 1981 é desempenhado pelo Gol. Ele é um carro bem inferior ao "homônimo rápido", o Golf, e foi durante muitos anos o carro mais vendido no mercado brasileiro. Esses tempos acabaram, atualmente é "apenas" suficiente para o quinto lugar.
4º VW Polo
O Polo é bem conhecido dos europeus, e eles apontam o sucesso do Novo Polo no Brasil. O famoso modelo compacto alemão mede 15 cm mais que o Gol, e custa mais caro, e mesmo assim vende mais.
"Além disso, ele tem uma maior variação nos recursos, o que oferece dois benefícios: primeiro, os compradores de carros do Brasil agora gostam de escolher como seu carro deve ser especificado. E segundo, há maiores oportunidades de retorno [à marca]. Com o Polo e sua ramificação, a Virtus, a VW também estabeleceu a plataforma MQB com sucesso na América do Sul".
3º Ford Ka
"A grande estrela no estande da Ford no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo do ano foi o Mustang 2019.
No entanto, o Coupé para a marca no Brasil não é muito mais que um portador de imagens. Comercialmente significativamente mais importante é o Ford Ka, que conhecemos na Europa como um carro pequeno de cinco portas Ka+. No Brasil, o carro é oferecido não só nesta aparência, mas também com uma penca de plásticos nas laterais com o nome de Ka Freestyle e sedan com notchback".
2º Hyundai HB20
"Hyundai está em clima de comemoração. Não só isso, os coreanos há muito se estabeleceram no Brasil. Não, eles recentemente celebraram a milionésima cópia vendida do best-seller HB20. O carro pequeno é construído localmente para o mercado sul-americano e não tem equivalente na Europa."
"Um de seus segredos de sucesso é a variedade de modelos. O HB20 está disponível não apenas como um clássico de cinco portas, mas também como um sedan de quatro portas (HB20S), aparência off-road (HB20X) e como um esportivo projetado HB20 R-spec, da Hyundai com seus 128 cv como "bad boy da família".
1º Chevrolet Onix
"Hyundai HB20, Ford Ka e VW Gol têm uma grande contrapartida: o Chevrolet Onix. O pequeno cinco portas tem tamanho similar, é similarmente caro e oferece uma variedade similar de modelos como os concorrentes, mas os supera em termos de vendas, claramente. "89.620 espécimes de Onix foram vendidos no Brasil no primeiro semestre de 2018, enquanto no HB20 foram 50.419 unidades no mesmo período. Esta posição superior parece estar esculpida em pedra por um bom tempo."
Uma vergonha!
ResponderExcluirSem mais...
Reparem no tom técnico que os alemães imprimem até em comentários, não é à toa que os melhores carros são fabricados por eles.
ResponderExcluirTom técnico e sóbrio devido à cultura germânica. Mas, percebe-se que esse tom não é elogioso, muito pelo contrário. A crítica é evidente.
ExcluirProvavelmente estão rachando o bico dos nosso carros lamentável kkkkkkk
ResponderExcluirDevem rachar o bico é com os lucros que eles conseguem por aqui...
ExcluirJá deletaram o meu comentário..que coisa não?
ResponderExcluirAcontece com todo mundo, menos com o Carlota Lorota...
ExcluirMeio soberba a reportagem. Além de nao mencionar que os alemães tentaram enganar o mundo todo com seus motores super econômicos fraudulentos a diesel... polo vende mais q gol, mas vende 5 vezes menos que onix... esqueceram de mencionar...
ResponderExcluirCorolla vende mais de 8 vezes q jetta...
E por aí vai.
Que que tem a ver com a reportagem?????
ExcluirSoberba é querer que uma matéria da imprensa alemã retrate o que pensa um leitor de blog brasileiro.
ExcluirEles falaram a verdade e deram sua opinião, Onix e Corolla são o exemplo que os brasileiros não compram carros pela segurança e etc e sim pelo design!!!
ExcluirE os alemães tomando surra nos EUA com a Volkswagen! 11 marca mais vendida perdendo para Hyundai, kia, subaru, Nissan, Cadê a Carlota se sao bons carros pq não vendi?
ResponderExcluirRetumbante fracasso virou modesto sucesso? rsrsrsrs
ResponderExcluirKkkkkk comparar um povo do primeiro mundo que busca qualidade e segurança acima de tudo nos automóveis e um povo de 'outro mundo' que busca menor preço, chamar atenção e , no entanto, sem sequer o mínimo de segurança e qualidade. VIVA O BRASIL E O BRASILEIRO.
ResponderExcluirA questão não é que o brasileiro não se preocupa com qualidade e segurança... O problema é que carros com qualidade e segurança não possuem valores tão acessíveis... Além da política governamental não cobrar muito das montadoras em relação à segurança...
ExcluirEsqueceram mostrar os mais vendidos na 1 quinzena novembro?
ResponderExcluirE daí
ResponderExcluirComo se a opinião deles importasse pra gente!
ResponderExcluirPara mim pelo menos importa. Ou temos carros melhores/entendemos mais de carro que eles?
ExcluirA realidade de um país de 1° mundo X Brasil... Que besteira. Vamos comparar o que se paga aqui por um carro, e o que se paga lá fora pelo que o equivalente. O que adianta ter o melhor carro sem não tem a estrutura e segurança para rodar com ele. O problema do Brasil ou melhor do brasileiro é pensar no bem próprio é não no bem comum.
ExcluirFale por você!
ExcluirDevemos sim ouvi-los, uma vez que é uma potência mundial que se reergueu da miséria total de seu povo, logo após á duas grandes guerras mundiais que dissiparam sua economia.
Em menos de 50 anos, se tornou a 3a maior economia do mundo e isso se consegue com muito estudo e trabalho.
Se ouvissemos mais os alemães e outros exemplos similares, como Coréia do Sul, Japão, etc..., não estaríamos na situação que estamos.
E o diesel gate?
ResponderExcluirSerá que fizeram reportagem a respeito?
Em 2015 o Grupo VW era o segundo do mundo. Desde o diesel gate se tornou o primeiro e disparado o mais lucrativo conglomerado automotivo do planeta. E a distância para o segundo lugar (Toyota) só aumenta.
ExcluirO diesel gate foi excelente para a VW. Se tiver outro, as outras vão a falência....
Sugestão de matéria:
ResponderExcluir" O que o norte americano acha das fraudes da WW"!
Deve ficar bem legal também...
Os americanos devem ter achado o máximo, já que desde 2015 as vendas da VW nos EUA cresceram 40%. Aliás, única marca nos EUA que vem crescendo em vendas.
ExcluirBem que poderia ter outro diesel gate. A VW cresceria ainda mais.
pra quem vende pouco vender um pouco mais é 40% fácil.
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ResponderExcluirEnquanto os consumidores aceitarem que as marcas lancem essas porcarias por aqui seremos ridicularizados mesmo. Enquanto lá fora o tamanho dos carros começa no Polo, compacto, Corolla, sedã compacto, aqui Nós temos uma infinidade de modelos abaixo disso. Somos simplesmente rechaçados por essas multinacionais que tratam 3o mundo como lixo. Lamentável.
Desculpe-me, mas "lá fora", considerando a Europa, tem, pelo menos, o Fiat 500, o Renault Twingo, Citroen C1, os Smart's, Opel Adam, o próprio VW UP e variantes Skoda e SEAT..
ExcluirMuita balela ...pois nao temos montadoras brasileiras a maioria europeias,japonesas ,e até koreianas ..com mercados globalizados ou seja nossos carros sao feitas pra realidade brazuca..
ResponderExcluir7 🇩🇪 x 1 🇧🇷 segue o jogo...
ResponderExcluirSó 7? Fora do gramado é uma humilhação muito maior... Talvez em corrupção a gente ganhe de lavada...
ExcluirBacana, né? Babação de ovo total. Para alguns brasileiros, Tudo o que há lá em cima, é sempre melhor que o daqui, independente do nível de construção, qualidade, etc.
ResponderExcluirMas vale ressaltar que em todos os lugares existem veículos bons e ruins. Aqui a mesma coisa. O problema é a nossa situação econômica e "cultural" que não deve ser comparada com o "primeiro mundo".
Além disso, as grandes montadoras (inclusive a alemã, VW), deveriam criar vergonha na cara, pois os automóveis que temos aqui são todos obras das grandes indústrias sediadas em países de primeiro mundo. Entao, a reportagem foi extremamente arrogante, soberba e com alto grau de "senso de superioridade" pra Cima das nossas condições, e a galera babando ovo geral.
E é real aquela teoria de que a grama do vizinho sempre é mais verde, e que há necessidade de ser melhor que o coleguinha sempre.
ExcluirNão vejo como tal. Eles apenas mostraram a estranheza que é o nosso mercado. Os carros refletem uma "realidade" de um povo sem educação mal informado, que não exige maior qualidade e segurança, pagando o equivalente a um modelo europeu muito melhor. Reconhecer nossas mazelas (dentre elas esse mercado automotivo sui-generis) é um primeiro passo para começar a melhorar. Enquanto cromados e telinhas coloridas forem mais importantes que notas de crash tests seremos (e devemos ser) motivo de chacota mesmo.
ExcluirDisse tudo. Enquanto muitos aí vivem no ufanismo do Brazil, zil, zil dos anos 70, o tal país do futuro, do ame-o ou deixe-o e todo esse papo imbecil, alguns conseguem ver com clareza e sem orgulho de ser um vira-latas do mundo.
Excluiros carros montados aqui são lixo, tanto que em dois anos de uso já parece carro velho.
ResponderExcluirum lixo é esse etios , carro ruim esse.Nem seriam vender essa porcaria.
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ResponderExcluirUma reportagem sobre o mercado brasileiro, pitoresco, aos olhos dos alemães, so isso. Ademais, um mercado que sobrevive mesmo com o baixo poder aquisitivo dos cidadãos. Ou seja, para conseguir vender - o preço é determinante e as adaptações necessárias. Nosso mercado mostra criatividade e cada vez será mais estudado tendo em vista que a vontade de adquirir um veículo vêm diminuindo em países europeus. Os jovens preferem Uber, táxi e transporte público. Ter carro, aos olhos do jovem europeu, não é sinônimo de liberdade mas sim de regras, encargos e custo- melhor ter um celular.
ResponderExcluirE do Fox, que tentou substituir de forma bisonha e fracassada o Lupo? O Fox foi tão vergonhoso (para eles) que não demorou tanto para sair de linha.
ResponderExcluirEstranho citarem os adereços plásticos...na "eughopa" também existem muitos modelos assim...achei bem tendencioso, muito metido a besta e também a cara dos "alemónes" e seus narizes empinados para estrangeiros (garanto, estive lá...willkommen é só pra quem nasceu lá).
ResponderExcluirVai me desculpar, mas vc está totalmente equivocado.
ExcluirEstudei na Alemanha por 5 anos e o povo alemão, apesar de frio, é muito receptivo e adoram o Brasil.
Há, realmente, um pouco de arrogância, mas, como aqui no Brasil e em qualquer lugar do mundo (com exceção dos parisienses), são minoria.
O melhor adjetivo para caracterizar o alemão nato, é a seriedade nos negócios.
Alemão não tolera atrasos e todas as relações de trabalho, são extremamente profissionais.
Eles não toleram amadorismo, nem improvisos, muito comum nas nossas relações profissionais.
Matéria bem fraca. Essa analise serviria para vários países europeus, como Itália, Portugal, etc.. São nações, que assim como a nossa, tem nos compactos e sub-compactos a maior parte de suas vendas.
ResponderExcluirOutro ponto, o autor desconhece a maioria dos carros que criticou, obviamente por não serem comercializados na Europa. Chega até a insinuar que o Argo é um "fora de estrada" atribuindo os plásticos da versão HGT ao uso off-road.
Más é um olhar de um alemão tentando encaixar a realidade dele dentro da nossa, ou visse e versa.
Meio sem sentido.
Qual o significado de comparar os carros vendidos em um dos países mais ricos e com as melhores estradas do mundo com os modelos vendidos em um país pobre, com estradas detonadas? Não entendi.
ResponderExcluirOs alemães com a sua soberba clássica. No passado essa soberba gerou o holocausto, no presente serve para desqualificar um mercado que é um dos mais importantes do mundo. Eu também não entendo por que eles bebem cerveja quente, mas nem por isso critico esse gosto deles.
ResponderExcluirdos 12 carros só 3 sao carros de verdade padrão europa, Polo, Compass e Corolla, o resto é carroça, o Kwid é piada para os alemães, carrinho de brinquedo
ResponderExcluirQueria saber o que eles acham do Virtus.
ResponderExcluirMas a matéria é visivelmente tendenciosa, na Alemanha o Polo também é o quarto mais vendido, porém os três primeiros são outros modelos VW e o top 10 se completa com Mercedes, Audi, BMW e apenas dois modelos que não são alemães.
Pela parcialidade seria interessante ver a posição de mercados que não tem marcas nacionais fortes como eventualmente Portugal, Espanha, quase que eu cito Itália...
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