Em junho de 1973, há 45 anos atrás, a Volkswagen lançava no Brasil o Brasília, um modelo projetado localmente e que tinha como objetivo ser um carro prático e econômico para uso em centros urbanos, oferecendo mais espaço e mantendo a robustez do Fusca.
O formato incomum da carroceria causou uma certa confusão na imprensa especializada, que, inicialmente, não sabia como ou onde enquadrar o Brasília, se uma "miniperua VW", "mini-Variante" ou "anti-Chevette". Mas o Brasília tinha personalidade própria, com linhas mais modernas e retas e uma grande superfície envidraçada, o que resultava em ótima visibilidade em todas as direções. A rivalidade com a GM ficou evidente na declaração do diretor de vendas da Volkswagen: "Ninguém sabe como trabalhamos para coincidir com o lançamento do Chevette".
O VW Brasília media 4,01 metros de comprimento - 17 cm a menos que o Fusca, mas a distância entre eixos era a mesma. Seguiu a tendência dos carros urbanos europeus: ágil e fácil de manobrar no trânsito. A dianteira contava com quatro faróis redondos e luzes direcionais integradas no pára-choque. Sua lateral, era harmoniosa e equilibrada. Abaixo da janela lateral traseira, grandes entradas de ar podem ser vistas para resfriar o motor. E na parte de trás, sob o pára-choque, uma pequena churrasqueira escondia o cano de escapamento.
O interior proporcionava conforto para quatro passageiros, ou mesmo cinco, e isso logo se tornou seu forte. No entanto, o espaço para bagagem era o seu ponto fraco, já que o motor traseiro não permitia o porta-malas na posição convencional, e o estepe ocupava grande parte do capô dianteiro. O painel era austero, tinha velocímetro, um indicador de nível de combustível e um relógio opcional. O volante era de 40 cm, uma medida um pouco grande, e ajudava na dirigibilidade.
O motor era um quatro cilindros boxer 1.600, alimentado por carburador, com tração traseira e o consumo médio de 14 Km/l. Em 1976 ganhou um carburador de corpo duplo e a potência aumentou para 65 cv, bem como a sua aceleração, velocidade máxima e, especialmente, melhor consumo de combustível.
Em novembro de 1976, a Fiat lançou o moderno Fiat 147, o que obrigou a uma necessidade de modernização do Brasília. Então, o modelo passou a vir equipado com uma tampa de porta-luvas, interior com detalhes imitando madeira, e um novo design dos revestimentos. Mecanicamente: um novo sistema de freio de dois circuitos (um dianteiro e um traseiro) e a coluna de direção com maior proteção contra impactos, ambas medidas seguindo os novos padrões Contran.
Em 1978 o Brasília ganhou um novo capô, novas luzes traseiras, com um design moldado que melhora a visibilidade quando sujo (uma invenção da Mercedes-Benz), e pára-choques com biqueiras de plástico nas laterais. No interior, a janela traseira com descongelador elétrico opcional.
No mesmo ano, em agosto, foi apresentado o modelo de cinco portas, que foi exportado para os países vizinhos e para a África por alguns meses. O tamanho era idêntico à versão de três portas, mas não fez sucesso, pois, à época, as famílias brasileiras, por questões idiossincráticas, ainda preferiam o carro de duas portas.
Em 1980 a Volkswagen lançou a Brasília LS, a versão superior da linha: assentos mais confortáveis com encostos de cabeça, uma nova placa plástica injetada e mais instrumentos. Ele tinha um enorme relógio que indicava a velocidade com odômetros parciais e totais, medidor de combustível e medidor de vácuo (isso ajuda o motorista a economizar combustível).
O motor, um novo filtro com carbono, na tentativa de reduzir o ruído da aspiração. Eles também apresentam uma opção para o álcool: o motor de 1.300cc e uma potência de 49 HP. Mesmo com a maior taxa de compressão permitida pelo combustível, o desempenho foi ligeiramente inferior ao da gasolina de 1.600cc.
Em maio de 1980, a Volkswagen apresentou o "GOL", outro projeto brasileiro, um carro mais moderno e atraente que "canabilizou a Brasília que terminou sua produção em março de 1982, depois de mais de um milhão de unidades, das quais 950.000 comercializado no Brasil
Puts..Deu saudade agora,tive 2 uma Branca e outra Verde,muito bons carros,essa Azul da ultima foto é Show.
ResponderExcluirSaudades,entrav e e sentia um cheiro bem agradável.
ResponderExcluirCarro excelente para a época, aqui em casa tivemos Variant, Brasília, Variant II além de alguns Fuscas. Na época íamos muito para o sítio em Atibaia e consequentemente a subida até a Pedra Grande era obrigatória. As Brasilias Fuscas e Variant humilhavam e humilham até hoje qualquer carro com tração dianteira inclusive pick ups e suvs de shopping center na subida até a Pedra Grande. Quem já foi até a Pedra Grande sabe bem do que eu eu estou falando.
ResponderExcluirDesde quando uma brasilia fazia 14km/L ??? que piada!
ResponderExcluirNão tinha álcool misturado à gasolina, combinado com um motor de pouca potência (para os dias atuais).
ExcluirTive várias... arrancava bem, era confiável e não fazia 14 km/l...
ExcluirNunca faria 14 km/l !!!!
ExcluirNem hoje em dia, os motores 1.6 muito mais eficientes fazem essa média!!!
Fazia 8 km.l gasolina. Beberrona. A com dupla carburaçao conseguia a pé muito leve 8,5.
ExcluirSegundo teste pessimista da Quatro Rodas, Brasília consumia 13,4 Km/l em estrada:
ResponderExcluirhttps://quatrorodas.abril.com.br/noticias/grandes-brasileiros-volkswagen-brasilia/
"Na estrada, a Brasa devorou 1 litro a cada 13,4 quilômetros. Com a mesma dose, o concorrente ia 2 quilômetros mais longe."
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ExcluirA reportagem do carblog fala em consumo médio. No meu entendimento, médio seria num circuito cidade/estrada. Ou seja, NUNCA faria 14 km/l.
ExcluirUp fan, se estiver com os carburadores regilados, velas, cabos e bobina novos e gasolina de qualidade, faz sim. O problema é que muitos não cuidavam da manutenção e ainda colocava gasolina de origem duvidosa, aí, ela consumia mais que os ford 302 V8
ExcluirVai carlota kkk
ResponderExcluirSuper clássica. Uma reedição faria sucesso, tenho certeza.
ResponderExcluirse a vw fisesse uma reedição,meu amigo... venderia como agua no deserto
ResponderExcluirEssa Brasilia, era terrível, saía muito de traseira nas curvas, não tinha porta malas atrás, barulhenta e gastava um combustível. Mesmo assim o povo adorava, pagava muito agio por ela. A Variant era superior em tudo, principalmente em dirigibilidade, mas ninguem queria, era vendida com descontos, muitas vezes ficava mais barata que a Brasilia.
ResponderExcluirÉ. O brasileiro já era insensato na compra de veículos naquela época.
ExcluirPois é. Realmente a Variante era melhor em quase tudo ( a Brasília era mais espaçosa ).
ExcluirVerdade. Aprendi a guiar numa Brasília. Melhor escola pois saia muito de traseira e vc precisava corrigir se nao batia. Nunca bati.
ExcluirA Brasilia matou a Variant pelo espaço interno amplo painel moderno e a visibilidade ...ambos carros tinham cofre do motor dentro do habitáculo. A Brasilia era mais barata. Carros com propostas parecidas um morreria. Muito similar a situaçao hoje do Up e Gol.
ExcluirTá aí um carro que dirigi muito quando era mais novo, foi o primeiro carro que guiei, era muito bom e a tração traseira era show nas curvas, e como já disseram, uma reedição dela seria muito bem vinda...
ResponderExcluirLembro que eu colocava jornal e papelão no tampão traseiro para abafar o som do motor pois ela muito barulhenta.
ResponderExcluirDois carros que me chamaram muita atenção pelo espaço interno e visibilidade praticidade design resguardadas as épocas...a Brasília em 1974 e o Uno S e CS em 1984...nada jamais visto...eram carros realmente a frente do seu tempo.
ResponderExcluirQuando se coloca a Brasília em frente ao Chevette, coitada da Brasília!!!
ResponderExcluirMeu pai tem um Chevette 1976 branco e uma Brasília 1976 amarela,meu pai disse que o Chevette é muito mais macio e mais econômico além de um porta-malas maior
ExcluirHoje em dia esse Brasília da década de 70 concorre diretamente com Etios.
ResponderExcluirMeu pai tem uma Brasília 1976 amarela e nós gostamos muito do carro, também temos um Chevette 1976 branco
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