Jeep Compass Flex: defeitos, preço e consumo - vídeo

O Jeep Compass Longitude é o modelo intermediário em termos de acabamento do crossover da Fiat Chrysler no Brasil. Em dezembro de 2016 o seu preço básico sugerido era de R$ 106.900 reais. Neste artigo vamos relacionar alguns aspectos negativos do modelo, dados de consumo e desempenho.

O Jeep Compass Longitude Flex que é mostrado nas imagens e no vídeo a seguir é quase R$ 10 mil reais acima do valor sugerido, pois ele conta com pintura perolizada, e dois pacotes de opcionais que levam seu preço a R$ 115.900 reais.



Ocorre que os "opcionais" deveriam ser itens de série em um veículo nessa faixa de preço acima de R$ 100 mil reais. E esse é o primeiro aspecto negativo que vemos nessa versão, ou seja, o Compass Longitude de 107 mil reais vem com um interior com bancos em tecido, e conta com apenas dois airbags, sem retrovisor eletrocrômico, sem acendimento automático de faróis.

E se o comprador desejar pintura perolizada, como a do vídeo, custa mais 2 mil reais. Além disso, ele está equipado também com um pacote que acrescenta acendimento automático dos faróis, bancos em couro, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico e sistema de som Premium Beats de 506 W. Só aí ele iria para 112.490 reais.

Mas mesmo com tais itens ele ainda não conta com um conjunto completo de airbags, já que vem apenas com os obrigatórios por lei.

SUV de R$ 107 mil só com dois airbags?

A questão é que quem compra um SUV normalmente vai transportar crianças, e aí a segurança das crianças fica comprometida na traseira se não houver airbags. Então é necessário, fundamental, o pacote de segurança, que custa R$ 3000 reais e acrescenta, air bag de joelhos para o motorista, air bags laterais e air bags de cortina. E aí o preço dele vai a R$ 115.490 reais.

Outro aspecto que merece melhora no Compass é em relação aos motores flex, que são antiquados. São motores grandes, de 2 litros, mas sem tecnologias modernas, como turbo ou injeção direta. O resultado é um rendimento baixo, com potência de 166 cavalos com etanol e 159 cv com gasolina, e torque de 19,9 kgfm, é um torque menor que o motor 1.0 TSI de três cilindros que equipa o Golf, por exemplo.

O resultado é um desempenho aquém do esperado e um consumo elevado. Segundo o INMETRO, ele bebe 5,5 km/l em cidade e 7,2 em estrada, com etanol. Já com gasolina há uma melhora para 8 km/l em cidade e 10,5 kim/l em estrada.

Um consumo elevado para um desempenho que está longe de ser exemplar, com aceleração de 0 a 100 km/h em 12m3 segundos, nada menos que 3 segundos mais lento que o Tiguan 1.4 TSI (veja detalhes aqui).

O Compass também tem alguns aspectos negativos no interior, que é de fato bem montado e com bons materiais, mas o porta-malas é pequeno, de apenas 408 litros, menor que o do Honda HR-V, do Nissan Kicks e do Hyundai Creta, que são em média 20 cm menores no comprimento.

Outro aspecto que fica devendo no interior é a central multimídia sem capacidade de espelhamento de tela e sem compatibilidade com o Apple Car Play e Android Auto.

Jeep Compass Flex:central multimídia não compatível com Apple CarPlay e Android Auto

Conclusão

O Jeep Compass 2.0 Flex Automático é um crossover médio com bom acabamento e design agradável.

Entretanto, o modelo adota um powertrain ineficiente (desempenho fraco e consumo elevado), seu pacote de segurança é aquém do esperado nessa faixa de preço (apenas 2 airbags), o pacote de itens de série é fraco (não tem bancos de couro, não tem sensor de chuva ou retrovisor eletrocrômico) e sua central multimídia não é compatível com recursos de espelhamento de tela.