Um ano atrás, o Grupo Volkswagen mergulhou na pior crise de negócios em sua história, com a revelação de que seus motores diesel não atendiam à legislação ambiental dos EUA, que geram turbulência, a queda do então CEO, Martin Winterkorn e perda de valor de mercado de 32,6 bilhões de dólares. Decorrido um ano, a VW, agora sob a gestão de Matthias Mueller, mostra surpreendente resiliência, seu valor de mercado subiu 40%, os consumidores continuam a comprar carros da VW, as finanças estão intactas e a empresa está investindo no futuro ao mesmo tempo que absorve cerca de 18 bilhões de euros em multas e custos de recall.
Apesar da crise ainda não ter chegado ao fim, relaciona-se os quatro fatos que mostram como a Volkswagen está resistindo à crise:
1. Volkswagen não vendeu nenhum ativo
Depois de mais de uma década dominada pela construção de um império, a Volkswagen adquiriu uma carteira extensa de ativos que variam da fabricante de motocicletas italiana Ducati à MAN Power Engineering, que fabrica motores e turbinas para navios e usinas de energia. Apesar de o grupo de 12 marca está revendo sua atuação, não houve uma única alienação decorrente da crise.
Ao contrário, em vez disso, a VW continuou a comprar. No início deste mês, adquiriu uma participação de 16,6 por cento na fabricante de caminhões US Navistar International Corp., adicionando um importante ativo em sua divisão de veículos comerciais nos EUA, que já inclui a Scania da Suécia e a MAN na Alemanha. O investimento lança à conturbada Navistar uma tábua de salvação e é visto como precursor de uma aquisição completa. Volkswagen também comprou uma participação na empresa de aplicativos Gett, que vai ancorar uma aposta em serviços de mobilidade.
2. Ultrapassou a Toyota
A Volkswagen, ao invés de ver clientes virando as costas para a empresa, superou a Toyota Motor Corp. nos primeiros seis meses de 2016, tornando-se a maior montadora do mundo. Apesar de a marca núcleo ter sofrido com os custos da reação, o fabricante alemão se beneficiou de ganhos da Audi, Porsche e Skoda, bem como a sua forte posição na China, onde o diesel não é um problema.
A empresa está planejando ir para o ataque nos EUA, com o lançamento de cinco novos veículos no mercado norte-americano, todos SUVs.
3. Recuperação de Lucros
Em decorrência de compromissos assumidos com o governo alemão, a Volkswagen nunca foi a montadora mais rentável do mundo, especialmente a marca núcleo VW. Entretanto, a VW tem Audi e Porsche, que tem lucratividade muito acima da indústria, e a Skoda é bem sucedida no segmento de mercado de massa.
Assim, apesar de custos relacionados com o escândalo levou a perdas operacionais no segundo semestre do ano passado, a margem de lucro operacional do grupo voltou aos aos níveis pré-crise no primeiro trimestre. Descontando despesas extra-ordinárias transitórias, o lucro operacional no 2º trimestre foi de 7,7% - aumento de 1,2% sobre os 6,5% de 2015.
As perspectivas para 2017 apontam uma margem de 6,1%, praticamente em linha com os 6,3% de 2014, de acordo com estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg. A empresa, que tem uma força de trabalho gigantesca de mais de 600.000 pessoas, não recorreu a demissões e disse que não fará qualquer um de seus empregados a deixar seus empregos como parte dos esforços de redução de custos.
4. Baixo risco
No rescaldo do escândalo, o risco associado à empresa subiu. Mas as operações sólidas e uma situação financeira estável, graças aos 28,8 bilhões de euros em liquidez ao final de junho, fizeram com que hoje a VW tenha um custo de financiamento mais baixo que todas as suas rivais.
Fonte: Auto News
Parabéns VW, mais enquanto isso aqui no JARDIM DO EDEM (Brasil)....
ResponderExcluirCara esse golf gti e muito top..oh carro bonito
ResponderExcluirSonho de consumo. Deveria vender muito mais. Uma bela maquina.
ExcluirO Suv pequeno da Volks será diferente no Brasil em relação a versão européia? Se falou disso a um tempo atrás...
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