VW Golf 1.0 TSI MT agrada em teste de longa duração

Um exemplar do Golf 1.0 TSI com transmissão manual está sendo avaliado em um teste de longa duração pela revista britânica Auto Car (veja aqui). A publicação já fez um teste de longa duração com um Golf 1.6 TDI (diesel) e aponta que na Europa, as preocupações com a questão de poluição, além da eficiência dos pequenos motores a gasolina estão levando muitos consumidores a fazer essa substituição (diesel por gasolina).

O teste reveste-se de particular interesse para os brasileiros em face da iminência do lançamento do Golf 1.0 TSI com transmissão manual no mercado brasileiro - algo que deve ocorrer ainda no segundo semestre de 2016 (veja detalhes aqui), já como linha 2017. As concessionárias da marca já foram informadas sobre a troca de motorização, e o Golf 1.0 TSI está pronto, sendo que, em um primeiro momento, apenas será ofertado com câmbio manual.

O VW Golf 1.0 TSI que é vendido na Europa é muito similar ao modelo que será comercializado no Brasil, inclusive em termos de suspensão, já que ele adota um esquema traseiro semi-independente. O motor é o mesmo tri cilíndrico 1.0 TSI de 999 cc, que na Europa, oferta 115 cavalos e 20,4 kgfm de torque, já disponível aos 2.000 RPM. No Brasil, esse motor terá tecnologia flex, e a potência pode chegar a 125 cavalos.

Desempenho e consumo

Com tal motor, a VW informa que, associado com um câmbio manual de seis marchas, é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos, para atingir 203 km/h. O consumo no ciclo combinado europeu informado pela VW é de 23,7 km/l, mas a AutoCar está obtendo em condições reais números bem piores: 17,7 km/l de gasolina (em um percurso de 160 km em autoestradas e vias urbanas) - expressivos 6 km/l a menos do que o informado oficialmente.

No que respeita à performance, a revista está bastante satisfeita com os préstimos do Golf 1.0 TSI. "O turbo entra em operação rapidamente, e a entrega de potência é imediata. Adicione a isso o ronco rouco do motor 1.0 TSI, que levanta um sorriso do motorista quando ele é acelerado a fundo - atitude que não ajuda na economia de combustível, mas faz o Bluemotion mais divertido de conduzir".

A transmissão manual, porém, apesar de engates precisos, é criticada pelo desconforto causando em congestionamentos em estradas sinuosas de mão única, que exigem muitas trocas de marchas. Apesar disso, o motor se mostrou muito prestativo e capaz manter o Golf em elevadas velocidades de cruzeiro em rodovias sem maiores problemas, mesmo em sexta-marcha.

A dirigibilidade também está sendo altamente elogiada neste Golf 1.0 TSI, que, segundo a AutoCar, não deve nada para os irmãos mais potentes, mesmo com suspensão semi-independente. A direção pode não ser a mais comunicativa, mas o permite muita fluidez e segurança em estradas sinuosas, o que evidencia o excelente nível de engenharia e de desenvolvimento de longo prazo que tornou este Golf 7 um carro que inspira confiança em dirigir.

Em relação ao interior, a AutoCar considera que o Golf é muito confortável, e o assento altamente ajustável do motorista, com apoio lombar de série, garante comodidade ao piloto. Os recursos de áudio, infotainmente, GPS e o sistema de informações on-line do App-Connect todos foram muito elogiados.

O passeio é considerado adequado, com as rodas de 16 polegadas montadas em pneus 205/55 filtrar bem as imperfeições menores. Entretanto, a publicação aponta que buracos maiores e as seções de concreto esburacadas de algumas auto-estradas criam ruído excessivo e vibração.

Conclusão

O Golf 1.0 TSI MT da AutoCar tem se mostrado mais econômico que o modelo anterior testado pela revista, o 1.6 TDI Diesel. Além disso, todas as qualidades de comportamento dinâmico, conforto e dirigibilidade característicos do Golf estão presentes nesta versão de "entrada". O aspecto negativo é apenas o câmbio manual - pelo desconforto, mas, na Inglaterra, isso é uma questão de escolha, pois a caixa DSG-7 de marchas é oferecida como opcional.