Entretanto, a Fiat Toro com motor Flex, a qual foi objeto de um teste de longa duração no car blog, e que é o modelo mais vendido da Toro, respondendo por cerca de 70% do total, foi criticada por conta do desempenho apático.
Em nosso teste com o Fiat Toro 1.8 Flex Automático observamos que seu desempenho era inferior a modelos 1.0, como Up! e Ford Ka, algo que se mostrou nos testes das revistas. Na Quatro Rodas, por exemplo, a Fiat Toro 1.8 Flex Automática foi cerca de 2 segundos mais lenta que o Up! 1.0 MPI.
O desempenho fraco da Toro 1.8 Flex pode ser explicado pelo motor com torque de 19 kgfm associado a uma transmissão automática convencional com conversor de torque, tipo de caixa que drena uma parte da potência para funcionar, usado para impulsionar um carro com mais de 1.600 Kg.
É verdade que nem por isso a Fiat Toro deixou de ser um sucesso, tendo se tornado o comercial leve mais vendido do Brasil em outubro, com mais de 4.000 unidades vendidas.
Então, eis que, em novembro de 106, a Fiat Chrysler, em antecipação ao Salão do Automóvel de São Paulo, produziu uma resposta enérgica às críticas de desempenho da Fiat Toro Flex com o lançamento da nova versão da picape equipada com o motor quatro cilindros 2.4 Tigershark Flex 16V com bons 186 cavalos de potência máxima e 24,9 Kgfm de torque.
No vídeo a seguir são fornecidos os dados de consumo, desempenho e detalhes da Fiat Toro 2.4 Flex Automática.
Outra boa novidade da Toro 2.4 Flex foi o fato de que o motor motor foi associado com a caixa automática de nove marchas que era exclusiva, até então, das versões diesel. Junto com o novo motor, que é importado do México, a Fiat introduziu o sistema de aquecimento que dispensa o reservatório de gasolina suplementar para partida a frio em um sistema flex abastecido com etanol, e aplicou também o sistema Start/Stop, que desliga o motor automaticamente em paradas temporárias, como de semáforos, para economizar combustível.
Outra novidade é a tecla Sport – localizada no centro do painel, muda o mapa de calibração do motor, deixando a picape mais ágil e com um comportamento mais esportivo.
Mas, enfim, como, afinal, ficou o desempenho da Fiat Toro 2.4 Flex Automática? Os primeiros testes com o modelo já estão sendo publicados, como o da Revista Carro, que testou a Toro 2.4 Flex Automática, aliás, não há opção de câmbio manual para essa versão, com etano, e os resultados foram bastante conviventes.
Desempenho
No caso do desempenho, a aceleração de 0 a 100 km/h foi realizada em bons 10,7 segundos. Número muito bom para uma picape de mais de 1.700 Kg, com quase 5 metros de comprimento, e câmbio automático.
Para efeito de comparação, o Fiat Toro 2.4 Flex Automática foi cerca de 4 segundos mais rápida que a Toro 1.8 Flex, deixando para trás, definitivamente, a fama de desempenho de carro 1.0.
A retomada de 80 a 120 Km/h foi realizada em excelentes 8,4 segundos, também neste caso mais de 4 segundos mais rápida que a Toro 1.8, o que mostra a maior agilidade desse modelo em qualquer situação.
Consumo
O consumo, porém, é o aspecto negativo, apesar que, segundo dados do INMETRO, a Toro 2.4 Flex Automática é tão econômica quanto a Toro 1.8 Flex Automática com etanol, mas, com gasolina, ela é cerca de 3% mais gastadora.
Segundo o INMETRO, com etanol, a Toro 2.4 Flex faz 5,8 Km/l em cidade, e 7,9 km/l em estrada – exatamente os mesmos números da versão 1.8. Para efeito de comparação, no teste da Revista Carro, em cidade ela registrou 5,8 km/l, e, em estrada, 8 km/l.
Já com gasolina, segundo dados do INMETRO, a Toro 2.4 Flex marcou 8,3 km/l em cidade, um número 3,5% pior que os 8,6 km/l registrados pela Toro 1.8. Na estrada, a Toro 2.4 Flex marcou 10,5 Km/l, contra 10,8 Km/l do modelo 1.8.
Em nosso teste de longa duração com a Toro 1.8 Flex Automática, nós conseguíamos em média 10,5 km/l em estrada. E no percurso padrão 50% cidade, 50% estrada, era comum médias em torno de 9,5 km/l de gasolina.
Diante desses dados, pode-se dizer que há uma enorme vantagem na Toro 21.4 Flex sobre a 1.8, já que o modelo com motor mais potente tem um desempenho cerca de 40% melhor, e um consumo apenas 3% pior.
Ou seja, houve sim um piora em termos de consumo, mas essa piora é pequena em face do grande benefício em termos de desempenho.
È importante considerar que esse mesmo desempenho não se verificará no Jeep Compass Flex, pois o novo SUV da médio da Jeep, que compartilha a plataforma da Toro, usa o mesmo motor Tigershark, mas na versão 2.0, que tem cerca de 20% menos torque e potência.
A explicação para isso está na tributação. A Fiat Toro é um utilitário, e a ela é aplicada uma alíquota de IPI de 7%, independente do motor usado. Já o Compass, por ser classificado carro de passeio, tem IPI de 11% caso use motor até 2.0 Flex, mas essa alíquota subiria para 25% se a Fiat adotasse o motor 2.4. Ou seja. Só de imposto haveria um aumento de preço de uns R$ 15 mil reais, comprometendo totalmente a relação custo x benefício.
Dessa forma, fica claro pelos dados de desempenho, que a Fiat Toro 2.4 Flex melhorou muito, mas também ficou mais cara.
Preço
Esse novo modelo tem preço inicial na faixa de R% 100 mil reais, enquanto o 1.8 fica na casa de R$ 85 mil. Entretanto, o preço é mais alto, mas a Toro 2.4 Flex tem ganhos em termos de itens de série.
Essa versão vem com alguns equipamentos a mais que a Toro 1.8, como a capota marítima, capta esta que não é suficiente para vedar água e terra em estradas, mas é um recurso importante para proteger a carga.
Detalhe da tecla "Sport" no centro do painel, que torna a Toro 2.4 Flex mais dinâmica |
Externamente, ela conta com “Super Spoke” de 16 polegadas, e a Fiat passa a oferecer de série a cor perolizada exclusiva para a versão, a Branco Polar.
Opcionalmente, a Fiat Toro Freedom 2.4 Flex AT9 pode receber teto solar elétrico, barras longitudinais no teto, faróis de neblina, bancos revestidos parcialmente em couro, sensor de chuva, sensor crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, câmara de ré, sistema multimídia com tela de 5” e navegação GPS, rodas de liga leve de 17 polegadas com pneus de uso misto, e mais cinco airbags, que são os laterais dianteiros e traseiros, e ainda o de joelho para o motorista. De série a Toro 2.4 Flex vem apenas com 2 airbagas.
Completíssima, com todos os opcionais, mais a pintura branco perolizada, a Toro 2.4 Flex Automática sai a R$ 113.061 reais, o que é mais de R$ 10 mil reais mais em conta que a versão Volcano 2.0 Turbo Diesel Automática.
É importante ressaltar, porém, que a Toro 2.4 Flex vem apenas com opção de tração 4x2 dianteira, o que a torna mais adequada para um uso mais urbano, ou em um off-road mais leve, onde ela se comporta bem.
Já quem pretende enfrentar trilhas mais pesadas, a versão diesel com tração 4x4 é mais indicada.
Ou seja, o custo x benefício da versão 2.4 flex está claramente apontado. Ela é R$ 15 mil mais cara que a 1.8 automática, mas oferece desempenho bem superior, alguns itens de série a mais, e consumo apenas 3% pior.
Em relação às versões diesel, a Toro 2.4 Flex também se mostra vantajosa, pois tem desempenho similar, e custa R$ 10 mil a menos que o versão 2.0 Diesel com câmbio manual. E mais de R$ 25 mil mais barata que a Toro 2.0 Diesel automática.
Lembrando, mais uma vez, que a Toro 2.4 Flex não conta com tração 4x4, apenas tração 4x2. A tração 4x4 é exclusiva das versões diesel.
Conclusão
A nova versão da Fiat Toro, a Freedom 2.4 Flex automática chega para fechar a lacuna de desempenho e preço que existia no line-up do modelo entre as versões 1.8 Flex e 2.0 Turbo Diesel.
O modelo ficou mais caro, mas a troca de motor se mostrou muito vantajosa, visto que oferece um desempenho 40% superior ao da Toro 1.8 Flex, com um consumo cerca de 3% pior, evidenciando a maior eficiência do drivetrain da nova versão flex.
Não me desce a central multimídia da Toro, ela é mt tosca.
ResponderExcluirA VW esta dando bobeira não entrando nesse novo seguimento de pickups compacta/média, com os motores tsi com certeza seriam sucesso de mercado em consumo e torque.
ResponderExcluirGeremias perde feio para essa Toro.
ResponderExcluirEm se tratando de Fiat, uma das marcas que menos investe em tecnologias de motor, não se esperava milagres. Ou o carro é beberrão ou anda pouco. Carros turbo flex, daqui uns 5 anos talvez.
ResponderExcluirFIAT TOSCO...... de graça vai sair caro isso ai!!! A FIAT ta conseguindo fazer fazer caca em cima de caca.... em dias de turbo, colocando motor 2.4 aspirado... se não tivesse tecnologia e motor turbo pra colocar, tudo bem. Mas tem...
ResponderExcluirVai vira um Stilo, um Bravo da vida daqui alguns anos nas revendas!!!
Pai da minha namorada ia pegar uma no PRural, so que foi tao mal atendido e falaram que tava demorando 120dias que desencanou. Falei pra ela, ainda bem, pois iria arrepender. Gastona, frouxa e um amigo eh mecanico da Fiat na minha cidade natal e disse que varias com problemas ja estao aparecendo.... problema eletrico, barulho em porta, consumo elevado, clientela reclamando.
Não sei porque, mais se a Fiat tem 2.o turbo diesel, porque não faz um 2.0 turbo flex? O consumo continua sendo o ponto fraco da camionete. Melhorando o torque, com turbo, com certeza melhoria a eficiência e a média de consumo.
ResponderExcluir8.3 km por litro ???? Kkkkkkk essa inmetro diz que faz 8,3 km/L , DUVIDO DUVIDO ...... !!!!!
ResponderExcluirAliás ....inmetro nem com gasolina aditivada , sem ar condicionado !!!!! PALHAÇADA
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