BMW i3 e BMW i8: feitos para mostrar consciência ambiental

A BMW, maior montadora de carros de luxo do planeta, lançou este ano no mercado europeu a sua linha de carros BMWi, de propulsão elétrica, em duas variações: BMW i3, já à venda na Europa, EUA e Brasil (veja preços e detalhes aqui), e o esportivo BMW i8. Ambos modelos desenhados do zero para serem modelos elétricos, e não modelos de propulsão a gasolina adaptados para usar propulsão elétrica.

A estratégia de desenvolver modelos puramente elétricos é, além de mais arriscada, mais trabalhosa e onerosa, pois envolve todos os custos de desenvolvimento de um carro totalmente novo e cuja demanda ainda não está consolidada.

Estratégia diversa foi adotada por Volkswagen e Mercedes-Benz, por exemplo. Estas optaram por criar versões elétricas de seus modelos tradicionais, como e-Up! e e-Golf na VW, e o recente Mercedes-Bens Classe B elétrico - que adota tecnologia da Tesla. Assim, os custos e o tempo de desenvolvimento são bem menores.

Ocorre que a estratégia da BMW, apesar de mais cara e mais arriscada, tem mais chances de dar certo, visto que ela vai ao encontro dos anseios dos consumidores de carros elétricos. Segundo estimativas da consultoria IHS, o BMW i3 provavelmente venderá o dobro do Mercedes-Benz Classe B elétrico em 2020, contando apenas modelos vendidos com propulsão exclusivamente elétrica.

Essa estimativa amplamente favorável à BMW é baseada em pesquisas de mercado que mostram que as pessoas que compram veículos elétricos querem que os outros motoristas percebam o quão ecologicamente conscientes elas são.

Assim, do ponto de vista do consumidor, um BMW i3, que é um carro com identidade elétrica e ecológica, permite que os consumidores se diferenciem dos demais, mostrando a todos, por meio do seu carro, como são preocupados com o meio ambiente.

O consumidor de carros elétricos quer deixar claro, mostrar aos outros, que ele tem um carro elétrico, e tem mentalidade sustentável. E esse "item" só tem nos BMW i3 e BMW i8.