Cadillac CTS chega à Europa para encarar alemães premium

A divisão de luxo da General Motors, a Cadillac, inicia sua jornada na Europa com a terceira geração do Cadillac CTS. Com um visual mais largo e baixo, 12,7 centímetros mais longo que seu predecessor, carroceria bem elaborada, grade dianteira larga, enormes rodas de 18 polegadas e muitos itens de série, o veículo chama a atenção.

Na Europa, o Cadillac CTS será vendido apenas com o motor quatro cilindros 2.0 turbo associado com uma transmissão automática de seis marchas. A tração é traseira, mas o comprador pode optar, pagando mais 2.100 euros (R$ 6.500 reais), pelo sistema de tração integral. A potência do motor é de 276 cavalos e o torque máximo é de 40 Kgfm.

Em avaliações que a imprensa européia vem fazendo (veja aqui), o motor mostra-se áspero, especialmente em aceleração e quando a rotação supera os 3.000 RPM. Além disso, o câmbio automático é considerado lento, com um intervalo entre as trocas de marchas muito grande. Há, porém, um sistema Bose de redução eletrônica de ruídos (que lê o som ambiente e emite uma onda sonora inversa, anulando o ruído ambiente) que contribui para o conforto acústico.

Visibilidade traseira é prejudicada pelo porta-malas elevado e o motor de 4 cilindros não precisa de saídas de escape tão avantajadas. 

Com o uso de muitas peças de alumínio, o Cadillac CTS ficou 120 Kg mais leve, mas mesmo assim a dinâmica de condução não é favorecida pelo câmbio excessivamente lento quando comparado com as transmissões adotadas por seus concorrentes europeus da Audi, BMW e Mercedes-Benz.

De qualquer forma, a Cadillac adota recursos tecnológicos de ponta, como amortecedores magnéticos adaptativos, que se ajustam em frações de segundo para a condição de cada roda individualmente, e também em resposta ao tipo de piso, tornando o carro bastante confortável, e, ao mesmo tempo, dando uma dirigibilidade segura ao sedã norte-americano.

O painel de instrumentos é configurável, permitindo ajustar o que é mostrado até no velocímetro.

A direção com assistência elétrica, porém, apesar de leve em baixas velocidades, transmite poucas informações do que ocorre na pista em alta velocidade. Assim, seria interessante que desse maior feedback ao motorista.

Conclusão

A General Motors coloca no mercado europeu o Cadillac CTS com uma boa lista de equipamentos, mas quando se analisa suas qualidades dinâmicas, constata-se que ele está abaixo de seus competidores premium europeus já estabelecidos da Audi, BMW e Mercedes-Benz.