O Presidente dos EUA, Barack Obama, disse que que as negociações para o estabelecimento de um tratado de livre comércio entre Estados Unidos e a União Europeia estão avançando. As montadoras de automóveis estão fazendo um lobby pesado para que as tarifas de importação de carros entre os dois lados do Atlântico Norte sejam eliminadas, e se estabeleçam normas de segurança e ambientais padronizadas.
O mercado de automóveis responde por cerca de 10 por cento do total do comércio entre as duas regiões. A principal prioridade das montadoras em ambos os lados do Atlântico é alcançar a convergência regulamentar e das normas dos EUA e da União Européia em termos de segurança veicular. O objetivo é assegurar que os veículos e seus componentes podem ser importados e exportados sem impostos, encargos e custos desnecessários.
Os Estados Unidos aplicam uma tarifa de importação de 2,5% sobre os veículos importados da Europa. A Europa, por sua vez, aplica uma tarifa de importação de 10% sobre os veículos norte-americanos que chegam importados a seus portos. Além disso, diferenças regulatórias entre os mercados são equivalentes a uma tarifa adicional de 26%, segundo as montadoras.
Segundo estimativas do lobby automotivo, a eliminação de algumas barreiras não tarifárias e dos impostos de importação aumentaria as exportações de automóveis da União Européia para os EUA entre 71% e 149%, e de 207% a 347% as exportações dos EUA para União Européia.
As tarifas de importação de automóveis e veículos comerciais existentes entre Estados Unidos e União Europeia, além de legislações diferentes sobre qualidade e emissões, são encargos pesados que impedem o desenvolvimento de modelos globais mais uniformes, dizem as montadoras.
Além disso, argumenta-se que, com a eliminação dessas diferenças, as fabricantes poderão dispender menos esforços na adaptação de modelos para mercados específicos, e, assim, ampliar sua capacidade criativa e de inovação.
Fonte: Automotive News
Lobby automotivo quer mercado livre entre EUA e Europa
Fabio Mendes
Pós-graduado em Engenharia de Computação (POLI-USP - Escola Politécnica da USP);
Graduado em Engenharia Civil (EE da Universidade Mackenzie - SP); Cursou Engenharia Metalúrgica na Escola Politécnica da USP (até o 4º ano);
Pós graduado em Administração Pública; Graduação em andamento em Ciência Política (UnB - Universidade de Brasília)
Essa é uma das explicações para a VW não ir tão bem nos EUA, que é o fato de seus modelos importados da Europa ter um imposto de 2.5% e ainda essas outras restrições. Se o mercado for liberado nos EUA, a VW terá um impulso grande por lá.
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