A Ford Motors Corporation anuncia que fechará todas as suas operações de manufatura na Austrália até 2016, o que significa que é o fim de linha para o Ford Falcon - modelo que era fabricado e vendido exclusivamente para o mercado australiano, assim como suas variações pick-up e SUV, chamada de Ford Territory.
As razões que levaram à decisão de encerramento da produção são muitas, mas todas têm um denominador comum: dinheiro. A Ford tem duas plantas na Austrália - Broadmeadows (montagem) e Geelong (estamparia) - que perderam juntas o equivalente a US $583 milhões de dólares nos últimos cinco anos, enquanto a Ford Austrália deu um prejuízo de US $455 milhões de dólares em 2012.
A companhia tentou um redução na produção de 209 carros por dia para 149 carros, mas as vendas do Ford Falcon, que já foram superiores a 80.000 unidades por ano há 20 anos, hoje caíram a menos de 20.000 - o que tornou o fechamento da fábrica inevitável.
A queda de vendas do Falcon ocorre de forma simultânea ao aumento dos preços de gasolina na Austrália, que subiram para U$ $1,30 dólar (R$ 2.5 reais) por litro ao longo dos últimos dez anos, fazendo com que a procura por carros menores e mais econômicos se intensificasse, sepultando as chances de sobrevivência do Falcon.
Além disso, com a assinatura, por parte da Austrália, de tratados de livre comércio, a competição de mercado se ampliou nos últimos anos, com o mercado, hoje, sendo disputado por mais de 65 marcas diferentes por um venda total de 1.1 milhão de unidades anuais. Em termos comparativos, o mercado brasileiro absorve em média 4 milhões de carros por ano, e, o dos EUA, 14 milhões.
Com a fragmentação do mercado começa uma busca por redução de preços, e, consequentemente, de custos, o que inviabiliza a produção de carros destinados a um único mercado, como é o caso do Ford Falcon. Os custos de produção na Austrália são o dobro dos verificados na Europa e quatro vezes maiores os da Ásia. Isso significa que a produção de carros na Austrália não é mais viável.
O fechamento das fábricas australianas não significa, porém, que a Ford irá abandonar o País. Ao contrário, a Austrália é listada como um dos quatro polos de desenvolvimento de carros do planeta, tendo sido responsável pela criação da Nova Ford Ranger e do Figo.
O centro de desenvolvimento de produtos da Ford na Austrália continuará a existir e emprega 1.000 pessoas, além de outras 500 de pessoal geral. Os 1.600 trabalhadores das fábricas, porém, perderão seus empregos até 2016.
Fonte: Motor Trend
Putz, uma pena!
ResponderExcluirA Ford australiana tem carros bacanas, bem diferentes dos EUA, Europa e resto do mundo...
Pelo menos de traseira, esse Falcon parece ser derivado do Fusion de 1 ª geração. O painel também é parecido.
ExcluirContanto que continue existindo o Ford Falcon V8. Esse carro é mito até aqui no Brasil...
Excluiraqui em bagé no rs, a gasolina custa R$2,38 o litro só falta a fabrica da ford.
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