A Folha de São Paulo informa que, "para evitar demissões, o governo de Dilma Rousseff ameaça suspender a redução do IPI para automóveis, que está em vigor desde maio e valeria até 31 de agosto."

Chevrolet S-10 produzida em São José dos Campos

Essa atitude drástica seria uma reação do governo federal ao movimento da General Motors do Brasil no sentido de fechar a unidade de São José dos Campos, onde é produzida a Chevrolet S-10, com a consequente demissão de uma grande quantidade de trabalhadores.

Ainda segundo a Folha, o governo convocou a GM e a Anfavea a dar explicações em uma reunião em Brasília com o ministro Guido Mantega na próxima semana.

Essa notícia é, no mínimo, "estranha", afinal o governo federal reduziu os impostos dos carros para permitir uma desova de estoques e a consequente manutenção dos níveis de emprego. E, agora, o mesmo governo fala que vai aumentar imposto para manter os empregos?

O fato é que, se o governo aumentar os impostos, as vendas irão cair novamente e as empresas não terão outra alternativa a não ser reduzir a produção e, consequentemente, demitir. Então a ameaça do governo de suspender a redução do IPI não deve estar sendo levada muito a sério pelo setor automotivo.

O que o governo federal deveria fazer seria reduzir ainda mais os impostos sobre os carros no Brasil, pois está claro que essas medidas, de fato, melhoram as vendas como consequência dos preços mais baixos.

4 Comentários

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  1. Quanta contradição, hein? Mas não me surpreende nem um pouco.

    "A política é a arte de se manter no poder."

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  2. A interpretação do autor do texto extá equivocada. Desde o início ficou estabelecido que a redução do IPI teria algumas contrapartidas das montadoras, como, por exemplo, repassar a redução do imposto integralmente para o consumidor, além das montadoras se comprometerem em manter a quantidade de empregos.

    Sendo assim, não é que o governo irá aumentar o preço do carro/imposto para manter o emprego. O governo simplesmente voltaráas condições antes da redução do IPI, haja vista que as montadoras não cumpriram com o que foi acordado.

    Se não fizer, seria muito bom. só as montadoras que saem ganhando. Na verdade, o correto seria apenas a GM perder o benefício.

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    1. Colega, eu sou o autor da matéria e não há equívoco nenhum de interpretação. Apenas apontei uma incoerência do governo: em um momento baixa os impostos para manter o emprego, e, no seguinte, ameaça cancelar a redução para manter o emprego também? O governo precisa decidir se o que mantém o emprego é o aumento ou a redução do imposto. Nós, consumidores, já sabemos: REDUÇÃO DE IMPOSTO gera aumento de consumo e, consequentemente, de emprego.
      E vejo que você não entende muito de tributação. Uma redução de impostos precisa ser ISONÔMICA e atingir todos os contribuintes, motivo pelo qual em HIPÓTESE ALGUMA só a GM poderia perder o benefício. Ou todas perdem, ou todas permanecem com a redução. Deixar só uma de fora seria absurdamente INCONSTITUCIONAL.

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  3. Estou de acordo com o Fábio LM. Agora eu acredito que o governo poderia ver uma outra forma para manter ou reduzir o numero de desempregos nesse setor. E hoje cada vez mais governo se mostra dependente dos altos impostos e só quem se quebra é o povo.

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