O ano de 2011 caminha para marcar um recorde na indústria automobilística brasileira: o recorde dos carros importados. "Nunca antes na história deste País" o Brasil importou tantos automóveis como em 2011.
De uma participação de 5% no total de vendas há seis anos atrás, em 2005, deve chegar a uma proporção de 23% do mercado neste anos de 2011, segundo a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Alguns analistas, porém, entendem que essa estimativa ainda é excessivamente conservadora, e apontam que os importados podem chegar a dominar um terço do mercado em 2011, o que equivaleria a mais de um milhão de carros - um número superior à produção brasileira da Volkswagen.
No primeiro semestre de 2011 as vendas de importados já subiram 113,1% em relação ao mesmo período de 2010. Há quinze anos atrás, no início do governo FHC, um movimento como esse fez o governo elevar as tarifas de importação para 70%, provocando um colapso no segmento de carros importados à época.
A situação brasileira agora é diversa, pois o país nada em reservas internacionais robustas, turbinada pelo preço das matérias primas, o que provoca também a valorização do Real frente ao dólar, aumentando ainda mais a atratividade dos carros importados.
O problema do excesso de carros importados no mercado, porém, é que provoca desindustrialização no Brasil e perda de empregos industriais, causando desemprego na indústria automobilística, mesmo com o país vivendo um bom momento econômico.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, caso todos os carros importados vendidos no Brasil tivessem sido feitos aqui, isso teria gerado 103 mil empregos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, caso todos os carros importados vendidos no Brasil tivessem sido feitos aqui, isso teria gerado 103 mil empregos.
Fonte: O Estado de São Paulo
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