O Banco Central do Brasil vem adotando uma política que tem o objetivo de reduzir o consumo das pessoas, para frear a evolução das taxas de inflação. Além da tradicional elevação da taxa Selic, o BC vem adotando as chamadas medidas macroprudenciais, que são outros tipos de ações que tem o objetivo de reduzir a oferta de crédito ao consumidor.
Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras - ANEF, o saldo total das carteiras de financiamento para aquisição de veículos pelas pessoas físicas em fevereiro ficou estagnado nos mesmos R$ 188,6 bilhões referentes a dezembro de 2010. Esse valor corresponde à soma da carteira de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), de R$ 146,8 bilhões, e de leasing, que ficou em R$ 41,8 bilhões.
Esse quadro mostra que há uma estagnação no crédito destinado ao mercado de veículos - uma situação que não vinha se repetindo recentemente, tendo em vista o ambiente de crescimento acelerado da economia e do crédito.
Um dos resultados da menor oferta de crédito é decorrente da elevação das taxas de juros ao consumidor. Segundo a ANEF, a taxa média de juros praticada pelas associadas à Anef fechou fevereiro em 1,55% ao mês (20,27% ao ano), contra 1,42% ao mês (18,44% ao ano) em dezembro de 2010. A taxa praticada no mês anterior, janeiro de 2011, foi de 1,53% ao mês (19,99% ao ano).
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