Durante o último GP Brasil de F-1, fiquei observando uma Ferrari de vários ângulos. Um carro de Fórmula 1 é uma exibição de poder e representa um marco de engenharia e de tecnologia. E quem nunca sonhou um dia ser um piloto de F-1?
Um sonho de ser piloto, em geral, vem acompanhado do desejo de possuir carros potentes. A realidade, porém, é que a maioria de nós dirige carros que são ótimos para levar a família e demoram longos 12 segundos para chegar aos 100km/h.
O tempo passa, os sonhos juvenis se vão, e isso se encarrega de mostrar que potência não é tudo. Essa constatação muitas vezes é uma ruptura com valores formados por expectativas anteriores.
Um carro que representa um pouco esse processo é o Golf GTI. Sim, o hatch esportivo da VW foi o fundador de um conceito de carro que significa “você-pode-ser-um-cara-responsável-mas-pode-ter-um-carro-que-lhe-dá-diversão”. Não há a menor dúvida de que quando você se senta ao volante de um Golf GTI sua vida fica bem menos chata e monótona. Exceto se você for um piloto de F-1 ou dono de uma Ferrari.
O Golf GTI 2010 geração VI é uma evolução do conceito original da Volkswagen, com um visual ligeiramente mais agressivo que seus antecessores, sem os exageros da primeira versão do GTI de 1976, mas ainda assim mais eloquente que os modelos que temos no Brasil.
Visualmente, o Golf GTI geração VI tem as laterais esculpidas, uma linha vermelha na grade dianteira, um visual um pouco menos “Audi”, e o uso de tratamentos especiais nos faróis transparentes que produzem um efeito muito interessante.
As boas soluções estéticas continuam no interior, onde há uma clara influência da Audi: materiais suaves e macios, ambiente arejado e que renuncia ao conceito de interiores cheios de botões e instrumentos de todos os tipos. O banco traseiro é muito espaçoso e há um magnífico sistema de som de 600 watts. O fato é que o interior do GTI está tão alegre e agradável que será difícil pensar em outro carro depois de andar nele.
Quanto ao motor, claro, você não encontrará um motor de F-1 no Golf GTI. Mas é um quatro cilindros turbo competente e que tem condições de proporcionar boas doses de diversão. Fornece, entre 1.800RPM e 5.000RPM, boas doses de torque em uma curva praticamente plana. Associado a uma excelente caixa de seis marchas faz o GTI se comportar como um verdadeiro carro esportivo. O turbo tem um funcionamento progressivo e sua entrada em ação é suave. O conjunto motor e transmissão está muito bem afinado.
Há requinte e sofisticação. A condução do Golft GTI faz você esquecer que possa existir um Porsche 911. Todas as referências esportivas estão presentes no GTI. A direção, embora elétrica, tramite boa percepção do que está acontecendo entre os pneus e o asfalto, se comunicando perfeitamente com os pneus 225/40R18.
Em uma viagem, o GTI se parece menos com um hatch esportivo normal e mais com uma BMW Série 5. Claro, com pneus mais esportivos a resposta da direção poderia ser mais rápida, mas o comportamento dinâmico é esplêndido devido ao acerto equilibrado entre molas e amortecedores.
O funcionamento dos freios são menos agressivos que você poderia esperar (sobretudo se levar em consideração o apelo visual), mas são suficientemente eficientes para o nível de performance do carro e não existe qualquer tipo de mergulho frontal em frenagens agressivas.
Acredite: um kart de cinco cavalos é mais divertido do que a maioria dos carros de sonho que estão anos-luz de distância dos bolsos da maioria das pessoas. O Golf GTI é também isso. A Volkswagen está de parabéns: o carro combina potência e sofisticação na medida certa, e dá a todos – ou a quase todos – o acesso ao mundo da luxúria da velocidade.
Mais um carro que não veremos no Brasil...
ResponderExcluirA Volks só bota carroça aqui.
E se botar esse carro... Como sempre, vai ser bem mais em conta comprar outro.
Das duas uma: Ou os alemães da Volks são muito BURROS, ou são muito FILHOS DA PUTA.
O Maior problema disso tudo é a alta taxa tributária que nosso "honestíssimo" governo cobra de nós "pobres" contribuintes, e o que essa corja nos dá de retorno? Pedágio, rede de ensino muito fraca, segurança pública zero, roubalheira atrás de roubalheira e além disso tudo impera a impunidade total, tenho a certeza que nunca veremos nosso maravilhoso país com todo retorno que merecemos com toda carga tributária que pagamos, infelismente é essa a realidade, fico profundamente triste com tudo isso, mas vou seguir em frente e continuar a "aceitar" tudo isso que nos cerca! Somos os 72º país que qualidade de vida, perdendo para Argentina, Uruguai e Chile... ATÉ QUANDO???????????
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