A Fiat Toro Freedom Flex Automática do teste de longa duração chega aos 10 mil quilômetros rodados, e neste artigo nós relataremos as impressões e ocorrências com o modelo ao longo desse período, marcando o encerramento da avaliação.

Fiat Toro Flex Automática: relato depois de 10.000 km de uso

Este veículo foi adquirido em março, pelo preço de R$ 86.500 reais, com os pacotes de opcionais Opening Edition e Pleasure 2, pintada na cor Preto Carbono. Hoje, cinco meses depois, um modelo similar sai a R$ 92.258 reais - aumento de R$ 5.758 reais, representando uma variação de 6,6%.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Esses pacotes agregam uma série de itens como rodas de liga 16", faróis de neblina, retrovisores externos elétricos com memoria, capota marítima, ar condicionado digital dualzone, câmera de ré, volante em couro com alavanca de seleção das marchas tipo borboleta, sistema de reconhecimento de voz, sistema Uconnect Touch Nav 5" [Central multimídia com tela de 5" touchscreen; Navegação GPS; Comandos de voz Bluetooth; Audio streaming; Entrada aux; Porta USB; MP3; Rádio AM FM], 6 alto falantes.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Há ainda 2ª entrada USB, 2ª Tomada 12V, alarme antifurto, apoia braço traseiro, apoia-braço central dianteiro, iluminação de caçamba, grade frontal com cromado + maçanetas e retrovisores externos pintados, sensor de chuva, sensor crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, parasol Iluminado e porta objetos passageiro.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Ou seja, trata-se de um carro bem completo, que, à época, apresentava uma boa relação custo benefício, o que faz dela um modelo muito procurado e que, mesmo a R$ 92.358 reais, está em falta, e com fila de espera de 60 a 90 dias. Há unidades da Toro Freedom Flex básicas a pronta entrega, mas como não contam com tais recursos, não são muito demandadas. As nossas impressões ao longo desses 10.000 km relatamos no vídeo a seguir.



A Fiat Toro Freedom Flex vem exclusivamente com motor 1.8 Flex, câmbio automático de seis marchas e tração dianteira. Entretanto, mesmo sendo uma picape, logo no começo do teste nos deparamos com uma situação na qual tivemos problemas para superar um pequeno aclive de grama molhada, o que evidenciou as limitações de aderência de um carro pesado - em torno de 1.600 Kg - com tração dianteira., o que nos leva a considerar que, caso haja a necessidade de encarar trilhas off-road mais desafiadoras, as versões diesel com tração 4x4 são as indicadas.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

De qualquer forma, mesmo com tração dianteira, o Fiat Toro mostrou-se competente para enfrentar vias vias secundárias de terra, com muitas costelas de vaca (ondulações transversais), isolando a cabine das vibrações e proporcionando conforto aos passageiros de uma forma que um carro de passegeiro convencional não é capaz de entregar.

Fiat Toro Flex 2017 - interior

Além disso, a Toro Flex automática mostra suas capacidades urbanas graças a seu comportamento SUV, posição de dirigir elevada, resultando em ótima visão panorâmica. A direção com assistência elétrica é muito macia, e a câmera de ré, opcional, é elemento fundamental (consideramos que deveria ser item de série) na questão da manobrabilidade de um veículo de 4,92 metros de comprimento.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Essas dimensões avantajadas, porém, a tornam pouco prática para uso em cidade, sobretudo as mais congestionadas. Estacioná-la em vagas de prédios de apartamentos ou de shooping centers exige sempre muitas manobras, o que, com o tempo vai se tornando cansativo. Some-se a isso o desempenho letárgico (0 a 100 km/h em cerca de 16,5 segundos - mais lenta que um Up! 1.0 veja aqui) e tem-se um automóvel que: gasta muito combustível (10,5 km/l de gasolina em estrada, nas nossas medições), tem desempenho fraco, espaço interno reduzido em face dos 4,92 metros externos, e que não conta com porta-malas (a caçamba, mesmo com capota marítima, não substitui um porta-malas de um carro convencional).

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Esses aspectos nos levaram a considerá-la uma opção inferior quando comparada com um VW Golf Variant em um comparativo de custo x benefício que fizemos entre os dois modelos de preço similar e levando-se em consideração um uso predominantemente urbano e rodoviário (veja aqui), até mesmo porque a Toro apresenta um nível de estabilidade bem inferior ao de um sedã, hatch ou station convencionais, sem ter como contra-partida uma boa capacidade de carga (veja aqui).

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Ainda em relação à caçamba, observamos que a capota marítima não é suficiente para vedá-la contra a infiltração de água (veja aqui) ou mesmo de poeira, e esses são os motivos pelos quais não se pode considerar a caçamba como substituta de um porta-malas, já que eventuais bagagens lá alocadas ficarão expostas à chuva e à sujeira, como constatamos em uma viagem que fizemos ao interior de Goiás, com a caçamba lotada de bagagens, e que chegou ao destino totalmente enlameada, pois pegamos chuva em uma estrada de terra, e entrou lama na caçamba em grande quantidade.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Sendo assim, para quem pretende usar a caçamba como porta-malas, é necessário embalar as bagagens, uma coisa que não é muito prática, ou comprar um acessório vendido nas concessionárias da Fiat, que é uma caixa selada, tornando o espaço da caçamba mais utilizável como um porta-malas convencional.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Em relação ao pós-venda, não temos nada a reclamar do atendimento da Fiat. Fizemos três procedimentos em autorizada: troca de óleo aos 5.000 km, recall do macaco e um serviço de funilaria no capô, pois o portão da garagem de um prédio caiu sobre o mesmo. Em todas as situações fomos muito bem atendidos, e os serviços foram executados dentro dos prazos e preços previamente acordados.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

A primeira revisão ocorreria aos 10.000 km (preço sugerido de R$ 384 reais), mas ela já está sendo feita pelo novo proprietário do carro, visto que vendemos o carro, por R$ 80.000 reais, resultando em uma desvalorização de 7,5% sobre o valor pago inicialmente, e de cerca de 13% sobre o valor do mesmo modelo 0KM.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

É importante ressaltar que hoje é possível obter cerca de R$ 80 mil reais em uma Toro Freedom Flex Opening Edition + Pleasure 2 com cerca de 10.000 km pois não há disponibilidade de pronta-entrega. Caso houvesse, e isso vai ocorrer quando a Fiat adequar o mix de produção à demanda do consumidor por modelos completos, a desvalorização do semi-novo ficará em torno de 20%.

Conclusão

O Fiat Toro Freedom Flex Automática é um veículo adequado para se transitar por vias vicinais de terra batida, visto que sua suspensão suporta esse tipo de esforço com tranquilidade não transmite as irregularidades para o interior, tornando-se um carro muito confortável e agradável.

Fiat Toro Flex Automática - teste de longa duração

Entretanto, é um carro que bebe bastante, tem desempenho muito fraco, pouco espaço interno e é muito pouco prática para ser usada em vias urbanas.

13 Comentários

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  1. [OFF]
    Infiniti revela seu revolucionário motor de compressão variável VC-T
    http://www.noticiasautomotivas.com.br/images/img/f/infiniti-vct-1-700x613.jpg
    A Infiniti está apresentando uma nova tecnologia em motores que promete revolucionar o mercado de carros com motor 2.0 Turbo. O chamado VC-T é um novo tipo de propulsor que altera a taxa de compressão de acordo com a situação.
    O Infiniti VC-T irá estrear em 2017 no novo QX50 e será 27% mais econômico que o equivalente mais próximo, atualmente o V6 3.5 usado no QX60. O novo motor entregará 268 cv e 39,7 kgfm, suficientes para fazer o crossover rodar com desenvoltura.
    O VC-T varia a taxa de compressão de 8:1 até 14:1, ou seja, indo de baixa até alta performance. A tecnologia utiliza ainda turbo e injeção direta de combustível, tendo sistema de refrigeração especial e coletor de admissão e escape integrados. Os dois comandos de válvulas são variáveis e há simulação do modo Atkinson.
    Mas a revolução mesmo está dentro do bloco, onde o VC-T apresenta um virabrequim elevado em relação ao cárter. O eixo é preso em uma articulação, que por sua vez é ligada a outro braço (inferior) com um atuador.
    http://www.noticiasautomotivas.com.br/images/img/f/infiniti-vct-2-700x494.jpg
    Esse último dispositivo aciona o braço inferior que abaixa ou eleva a articulação que move o virabrequim. Assim, o famoso eixo de manivelas sobe para uma posição que permite maior taxa de compressão ou desce para reduzir a taxa de compressão.
    Com esse movimento, os pistões com suas bielas apresentam um curso variável com o mesmo diâmetro dos cilindros, alterando assim a taxa de compressão. A Infiniti diz que o VC-T será colocado em transversal no QX50, que naturalmente tem motor longitudinal. Ainda assim, terá tração traseira ou AWD.
    A Infiniti explica que o VC-T em transversal terá uma aplicação mais ampla dentro da marca e também da Nissan, evidentemente. Além disso, a tecnologia não pode ser utilizada em motores V6 e V8, o que tornará o motor 2.0 Turbo algo essencial na eficiência energética do fabricante japonês.

    Fonte: NA

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    1. É...interessante. A Infiniti vai quebrar muito motor até acertar, muitas peças móveis. Lubrificante deverá ser muito bom. Uma alternativa aos híbridos na corrida por consumo baixo de gasolina. Quero ver o novo TSI 1.5 l da VW com turbo de geometria variável e desligamento automático de cilindros, outra bela opção aos híbridos.

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  2. Fazer em torno de 7,5 km/L, etanol, cidade, não é beberrão para um carro desse porte, a verdade é que a Toro tirou muitas vendas das Hilux, S10, Ranger, L200, Frontier, etc, ela incomoda mesmo tendo algumas fraquezas mecânicas, mais brasileiro é voltado pra design e nisso a Fiat acerto no alvo.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Legal, vc discorda do blog mas acabou corroborando todo o relato!
      Vc concordou que o desempenho é fraco, mas que a culpa é do motorista que não sabe usar o câmbio.
      Vc concordou que o consumo é absurdo, mas acha que tudo bem, que como o carro é caro e é caminhonete, então não tem problema.
      Vc concordou que a caçamba inunda e entra sujeira, mas também acha lindo, só porque outras também entram.
      Legal esse seu jeito de discordar, concordando com tudo.

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    2. O consumo e o desempenho é totalmente compatível com a proposta de uso, e para melhorar o uso da caçamba, existem acessórios para todos os fins.
      https://www.youtube.com/watch?v=aWJ3ePPyl8s&t=0s
      https://www.youtube.com/watch?v=NyP0iVRvURE&t=0s
      https://www.youtube.com/watch?v=-rnZNk8Om1Q&t=0s

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  4. Só em terra tupiniquim um monstrengo desses vende. Um tração dianteira como esse Toro avaliado nem pensar em sair do asfalto. Para transportar compras e malas não pode levar passageiros, muito inteligente. Num eventual capotamento ou choque frontal toda "carga" vai pra cima do motorista e passageiro. To fora, fora assombração.

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    1. Tem razão... Picape não deveria, por que toda carga viria pra cima do motorista. Caminhões também não deveriam existir, pois toda carga vai pra cima do motorista. Deveria existir, sim. CARGA AUTÔNOMA, aí não teria nenhum perigo para o motorista.

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  5. coloca esta bomba para rodar no Mato Grosso não dura 6 meses, a Fiat fez este carro xoxo, para ficar parado nos shopping centers da vida....

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  6. Gosto do carblog! Um site relativamente imparcial e informacoes quase perfeitas...
    Sobre a toro, digo o seguinte:
    Se vc planeja ter um veiculo confortavel

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  7. Gosto do site..porém ele é muito tendencioso, principalmente quando é para falar de wolks...(uno,golf e etc).
    Minha opiniao é a seguinte:
    Facam o teste drive e se vc deseja um veiculo com relativo custo beneficio para uma picape (abaixo de 100.000 a gasolina), cheia de opicionais que dão aspecto premium ao veiculo.
    Agora se quiser um veiculo com economia de combustivel,aliado a força é melhor planejar um pouco e comprar a volcano!

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  8. Realmente, esse motor não deveria estar nesse tipo de veículo. Deveriam ter lançado com um 2.0 Tigershark da vida.

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  9. Discordo quando se trata do consumo, eu tenho um Toro opening edition está com 10,5 mil km, gastei semana passada 378,00 revisão. Consumo de 7,6 Etanol em São Paulo e 9 gasolina, pra se ter um idéia um palio gasta isso no Etanol.
    Discordo tbém sobre estabilidade, com sistema de controle de estabilidade ele não fica atrás de nenhum carro sedam sem o sistema, tenho um toyota corolla e sinto mais estabilidade na Toro que no corolla.
    O meu estava fazendo um barulho no painel e na roda do lado direito, mais na revisão foi resolvido, centralizaram o motor que pode segundo a Fiat descentralizar e ficar enroscando no pneu quando esterçamos, o barulho do painel estava no duto de ar, eles tiraram e passaram uma cola.
    Acho a Toro um muito bom...paguei 86 mil e até agora acho que valeu a compra

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