Um levantamento realizado no banco de dados do WebMotors mostrou que automóveis movidos a gasolina foram os que sofreram maior depreciação entre maio de 2013 e maio deste ano. Segundo o Índice WebMotors, a categoria apresentou, durante o período analisado, baixa de 8,1%. O declínio está relacionado à preferência do comprador pelos modelos com motorização flex.


Ainda de acordo com as informações coletadas, dentre os modelos com motor a gasolina que obtiveram as maiores desvalorizações está o Volvo XC60 3.0 turbo, ano/modelo 2011, equipado com câmbio automático. O preço do SUV (Sport Utility Vehicles) apresentou queda de 23%, reduzindo de R$ 140.765,00 para R$ 108.343,00.


Em segundo lugar no ranking estão os veículos movidos a diesel, com queda de 6,9%. Nesta categoria, o modelo que mais desvalorizou no período foi o Ssangyong Korando 2.0 turbo, ano/modelo 2012, também equipado com câmbio automático. A variação média registrada no utilitário esportivo apresentou queda de 20,6%, passando de R$ 111.877,00 para R$ 88.835,00.


O fato de a maioria dos veículos a diesel ser importado e ter alto custo no pós-venda são alguns dos fatores que ajudam a explicar o percentual elevado de queda de preços no período.


Já os veículos bicombustíveis tiveram baixa de 6,5%. O Citroën Aircross 1.6 16V, ano/modelo 2013, com câmbio manual, é um exemplo desse tipo de automóvel, que mais desvalorizou. As informações do banco de dados do Índice WebMotors apontaram queda de 19,1%. Em 2013 o veículo era comercializado por R$ 60.575,00. Neste ano seu preço passou para R$ 49.012,00.


Em contrapartida, os carros que apresentaram menor diminuição foram os movidos a etanol, com depreciação de 6,2%. O Chevrolet Classic 1.0 8V, ano/modelo 2005, com câmbio manual, foi o que apresentou maior redução. O sedã recuou 7,8% passando de R$ 15.993,00 passou a valer R$ 14.750,00, em 2014.


É importante ressaltar que a análise excluiu os veículos híbridos e os tetrafuel por não terem amostragem suficiente para comparação. Ainda assim, no caso dos híbridos, o Ford Fusion 2.5 16V, com câmbio automático foi o único modelo com a quantidade de amostragens próximas do mínimo exigido para a checagem. Ele apresentou 6,3% de queda no período, passando de R$ 81.586,00 para R$ 76.450,00.

Metodologia

Para o cálculo dos índices de desvalorização de carros por combustível, utilizou-se informações coletadas no banco de dados da Webmotors. Foram usados como parâmetro os veículos com no mínimo cinco anúncios. Além de excluídos os modelos com valores considerados muito acima ou abaixo do padrão, blindados e com modificações. O levantamento foi baseado nos tipos de combustíveis e todas comparações foram feitas com exatamente os mesmos modelos, marcas e versões.

23 Comentários

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  1. Senão me engano, o CRV 2012 (versão nova), mesmo sendo movido somente à gasolina, sofre baixíssima desvalorização. Algo próximo à de Pálio e Gol.

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    1. Mas essa desvalorização a que me referi é aquela em relação ao primeiro ano do veículo após ser comprado Okm.

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  2. Para mim, carro flex é como pato. O pato é um animal que anda, nada e voa, mas não faz nenhuma dessas coisas bem feito.
    Pena que não se pode confiar na capacidade de fornecimento de etanol das nossas usinas, porque um motor movido exclusivamente a álcool pode trabalhar com taxas de compressão altíssimas, próximas às de um motor à diesel e, portanto, ser muito eficiente, com alta potência e pouco consumo.
    O carro flex não aproveita o potencial de qualquer um dos dois combustíveis, uma vez que a taxa de compressão desses motores é elevada para a nossa gasolina e baixa para o potencial do álcool.

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    1. PS. Tive um gol 1.6, 1988, ainda na era do carburador, que fazia 12,5km/l de álcool na estrada, número esse que ainda não foi atingido pelo mesmo carro atual, só que com motor flex, mesmo considerando o avanço tecnológico de mais de 25 anos.

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    2. É o que sempre digo aqui Vader, mas insistem que esses motores novos são extremamente inovadores

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    3. Ah am, fazia sim. Tive um fosca que fazia 20km/l também. ...
      engraçado que as revistas da época nunca coletaram um consumo desses. Acho que você errou nas suas medições.

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    4. Bom Daniel.... tem algumas pessoas que talvez não saibam dirigir e por isso seus carros não fazem média boa de consumo. Não faz sentido eu inventar uma história que tem mais de 20 anos e sobre um carro que já deve ter virado sucata.

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    5. Exatamente. Tem gente fazendo 16km/l com etanol com um UP na estrada. UP é um carro infinitamente superior a um gol 1988. Mas isso não quer dizer que esse é o consumo médio dele sempre na estrada, assim como vai contra tudo que podemos ler e observar esse motor 1.6 de 1988 fazer 12,5km/l de média na estrada.

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    6. Daniel, tenho certeza que se o motor do UP! fosse desenvolvido para consumir somente etanol, com a taxa de compressão adequada para esse combustível, estaria fazendo, fácil, mais de 20km/l

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    7. Quando li o título da matéria, pensei logo no pato. Kkkkkkk.
      Com certeza, o motor monocombustível é muito mais econômico e eficiente.

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  3. Mas o fato de serem importados não influenciou mais a desvalorização do que o fato de serem mono-combustíveis?

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    1. Até que enfim um comentário inteligente.... A desvalorização desses veiculos não tem nada a ver com o combustível, mas sim com o fato de ser importado E NO CASO DA VOLVO TER GARANTIA DE APENAS 12 MESES, hoje em dia prazo de garantia pesa muito no mercado de autos...

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    2. Bem, eu prefiro ter uma garantia de apenas 12 meses do que uma de 3 anos, 6 anos e por aí vai, pago para não levar meu carro em concessionária para fazer revisão! Gasto dinheiro a toa sendo que eu mesmo muitas vezes poderia fazer o serviço.

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    3. Obrigado, Senhor, por um comentário inteligente. Tem que pegar o cara que fez essa pauta ou escreveu essa matéria e premiá-lo com um abacaxi.

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  4. Os carros da Ssangyong são os que mais chamam atenção.

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  5. Compro carro pra mim e não pros outros.

    A opinião do segundo dono que se dane.

    Capaz que vou andar de celtinha pé-de-boi prata flex só por isso.

    Dinheiro se recupera trabalhando.

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    1. Taí alguém que pensa como eu.
      Só que a maioria do povão vai no que perde menos dinheiro. Mas se esquece do convívio com o carro.
      Fala sério, por causa de um valor não muito alto eu iria conviver por 3 a 5 anos (no meu caso) com um produto que não me agrade? Nem F... Eu escolho o que me agrada e se custar mais caro, ou perder mais dinheiro na revenda, é o preço que eu pago pela minha satisfação.

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    2. Com certeza, a satisfação em primeiro lugar. Também penso justamente nisso. Entretanto, têm opções semelhantes com melhor custo beneficio. No meu caso, quando vou escolher um carro, procuro separar os que me agradam no segmento que pretendo comprar. Depois vou refinando na escolha, como por exemplo, tirar os franceses, os ruins de revenda e com alta desvalorização, e assim por diante. Mas se no meio do caminho um me agradar, mesmo quebrando os paradigmas traçados, não penso duas vezes em adquiri-lo. Em primeiro lugar a satisfação!

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  6. essa era uma matéria boa pra ter a foto do Golf estampada...

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    1. Ou um UP!. Branco. 2 Portas. Com Super Calotas !

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    2. (risos) Super Calotas é o cúmulo do eufemismo.

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    3. Com certeza. Ando em um há seis meses e até hoje não senti falta da opção pelo combustível vegetal. Ele vai indo muito bem na gasosa, muito econômico e anda pra caramba!

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